
com o meu bem estar, com a minha realização,
que não vejo o amor grande que me oferecem.
Se calhar, sou como o filho mais velho, de coração
posto na segurança das normas e incapaz de me compadecer.
Noutras vezes, sou como os companheiros de bebedeiras do filho mais novo,
mais interessado em esquecer as agruras no fundo de um copo
do que em construir relações saudáveis e verdadeiras.
Se calhar, sou todos e cada um deles.
Sou, de certeza, alguém, que tem um pai
misericordioso à espera de me abraçar.
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Não sei quem sou, Senhor.
Perdi o meu nome e a minha dignidade.
Apaguei a luz que puseste em mim.
Desonrei este corpo que é o teu templo.
Nada tenho que se aproveite,
a não ser a secreta esperança
que o teu abraço de Pai
me levante e me faça viver de novo.
Do livro
Rezar na Quaresma
Edições Salesianas
2015