23 agosto 2013

Quando a Espiritualidade me tocou?


Senti neste momento que deveria responder ao amável convite da amiga Rosélia em comemoração do Quarto Aniversário do seu Blogue Espiritual - Idade e partilhar com todos vós “quando o Sagrado me tocou”!
Nasci numa aldeia do interior de Portugal rodeada de toda a beleza natural com que o Criador nos obsequiou.
Era bem pequenina e lembro-me que, mais do que brincar com bonecas, ficava horas a fio a olhar e a admirar tudo quanto me rodeava.
As flores multicolores numa perfeição incrível, o céu azul, as aves, o céu estrelado, as constelações, os animais, as árvores, o rio que corria bem lá em baixo azul como o céu que eu tanto admirava! O sol, a lua, as trovoadas com os seus relâmpagos que tudo iluminavam.  Muitas outras coisas havia para as quais não encontrava resposta sobre a sua origem e que bailavam constantemente na minha cabeça interrogando-me sobre quem teria feito, concebido tudo aquilo. Não me recordo de ter perguntado aos meus pais ou avós.
Tinha seis anos quando integrei o grupo de catequese na pequena Igreja não muito longe da minha casa. Um dia a catequista falou de quem criou os Céus e a Terra. Perguntou se sabíamos e talvez como não tivéssemos respondido, logo acrescentou: “Foi Deus”! Estas duas Palavras entraram em mim de uma forma tão forte que senti nesse momento que a minha questão estava ali, de forma surpreendente, respondida.
Claro que muitas outras interrogações e respostas têm surgido ao longo da minha vida, mas creio que foi naquele instante que senti, que julguei entender que algo Superior se sobrepunha a tudo e a todos! E que nada daquilo que eu observava com tanto enlevo e admiração tinha aparecido por acaso.
Sim, "Foi Deus" e é Deus que me tem conduzido e a quem agradeço por todas as maravilhas que tem operado na minha vida. 


E para si, Rosélia, os meus Parabéns pelo Aniversário do seu maravilhoso Blogue e que Deus continue a iluminá-la. Com o meu carinho. Ailime.

E para todos os meus amigos desejo um excelente fim de semana.


18 agosto 2013

«Para chegares a saborear tudo»

Ó Senhor, Deus meu! Quem Te buscará com amor tão puro e singelo que deixe de Te encontrar, conforme o desejo de sua vontade, se és Tu o primeiro a mostrar-Te e a sair ao encontro daqueles que Te desejam?”


“Para chegares a saborear tudo,
não queiras ter gosto em coisa alguma.
Para chegares a possuir tudo,
não queiras possuir coisa alguma.
Para chegares a ser tudo,
não queiras ser coisa alguma.
Para chegares a saber tudo,
não queiras saber coisa alguma.
Para chegares ao que não gostas,
Hás-de ir por onde não gostas.
Para chegares ao que não sabes,
Hás-de ir por onde não sabes.
Para vires ao que não possuis,
Hás- de ir por onde não possuis.
Para chegares ao que não és,
Hás-de ir por onde não és.

Modo de não impedir o tudo:

Quando reparas em alguma coisa,
deixas de arrojar-te ao tudo.
Porque para vir de todo ao tudo,
Hás-de negar-te de todo em tudo.
E quando vieres a tudo ter,
hás de tê-lo sem nada querer.
Porque se queres ter alguma coisa em tudo,
não tens puramente em Deus teu tesouro.”

São João da Cruz


Um bom fim-de-semana para todos. 
Ailime
Imagens Google
e Ailime