12 agosto 2015

Descanso em Deus


Há momentos nas nossas vidas em que se torna necessário parar um pouco, descansar também dos afazeres profissionais ou outros para retemperar forças, ganhar um novo ânimo para recomeçarmos em pleno as nossas actividades sejam elas quais forem.

As férias, por que todos ambicionamos e todos merecemos estão a transformar-se num tempo vivido cada vez com maior ansiedade, em correrias desmedidas e por vezes regressamos mais cansados do que quando partimos.

Nos tempos que correm tudo é muito rápido e vive-se com muita pressa, com grande avidez como se tentássemos dominar o tempo esquecendo-nos, muitas vezes, do essencial.

Este tempo em que rodeados pela família que amamos ou visitando outros familiares distantes, em que nos deliciamos com o sol e o mar ou repousamos em campos frondosos de águas frescas ou simplesmente ficamos em nossas casas deve ser também um tempo de descanso em Deus.

Será que já tínhamos pensado nisto?

Há uns anos atrás um sacerdote que esteve na minha paróquia lembrava-nos sempre, neste tempo de verão, para não nos esquecermos de levar Deus connosco para férias.

E como isto é importante na minha vida, como pode ser precioso na vida de todos nós.

Lembrou-me disto mesmo uma amiga num e-mail que me enviou com um texto de Margarida Alvim, Fundação Evangelização e Culturas, do qual retirei os excertos que abaixo partilho com todos vós:

“Vá para fora cá dentro!”, ouvimos nos anúncios de promoção do turismo em Portugal. Em tempo de crise, esta é capaz de ser mesmo uma grande oportunidade de passear mais no nosso país, de descobrir toda a sua beleza, por vezes ali mesmo ao virar da esquina. Oportunidade para valorizar a serenidade de dias com tempo, sem pressas.”

E continua noutra passagem:

“Vá para fora por dentro!”, este poderia ser o mote para umas férias de fundo, em que a paragem exterior é acompanhada por uma renovação interior. Fazer silêncio e ir abrandando os motores, deixando a poeira assentar, deixando vir ao de cima tudo o que vai ficando abafado com o imediato do dia a dia. Ordenar a vida, arrumar “a casa”, perceber o que me tem vindo a cansar ao longo do ano, perceber onde me encontro, onde descanso, onde me sinto em paz, e onde me sinto dividido. Dar tempo às limpezas internas, deixando o sol entrar bem por todos os poros. Isto sim: é descansar.”

E mais adiante,

“Encarar as férias como tempo para voltar ao essencial faz com que a nossa atenção fique mais desperta, a nossa sensibilidade mais apurada. Tudo passa a ocupar o lugar que lhe é devido e ficamos mais preparados para viver cada dia agradecidos, enfrentando com mais força as dificuldades que vão surgindo. O regresso ao dia a dia e ao trabalho será mais suave e com mais sentido.”

Conclui:

“É o Senhor que nos diz “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt 11, 25-30). Pois é isso mesmo, aqui está um bom convite para estas férias!”

Para todos os amigos e para quem também passa em silêncio informo que durante algum tempo vou estar ausente deste espaço deixando um abraço para todos e desejando que o Senhor esteja sempre presente na vida de todos nós.


Até breve.
Ailime
Imagens Google
(Texto reposto)

09 agosto 2015

"Eu sou o pão vivo que desceu do Céu."

A minha partilha deste fim de semana:

«A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta, uma vez mais, da preocupação de Deus em oferecer aos homens o “pão” da vida plena e definitiva. Por outro lado, convida os homens a prescindirem do orgulho e da auto-suficiência e a acolherem, com reconhecimento e gratidão, os dons de Deus.»

Ef 4,30-5,2
«Não contristeis o Espírito Santo de Deus,
que vos assinalou para o dia da redenção.
Seja eliminado do meio de vós
tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência
e toda a espécie de maldade.
Sede bondosos e compassivos uns para com os outros
e perdoai-vos mutuamente,
como Deus também vos perdoou em Cristo.
Sede imitadores de Deus, como filhos muito amados.
Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo,
que nos amou e Se entregou por nós,
oferecendo-Se como vítima agradável a Deus».


Jo 6,41-51
Naquele tempo,
os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito:
«Eu sou o pão que desceu do Céu».
E diziam: «Não é ele Jesus, o filho de José?
Não conhecemos o seu pai e a sua mãe?
Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?»
Jesus respondeu-lhes:
«Não murmureis entre vós.
Ninguém pode vir a Mim,
se o Pai, que Me enviou, não o trouxer;
e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas:
‘Serão todos instruídos por Deus’.
Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino
vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai;
só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo:
Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu
para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne,
que Eu darei pela vida do mundo».

Salmo 33 (34)
 Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.


Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.


Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.


O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Desejo-vos um bom domingo.
O meu abraço em Cristo.
Ailime

Fonte: Portal dos Sac. Dehonianos