A minha partilha deste fim de semana:
A liturgia do 33.º Domingo do Tempo Comum convida-nos a ler a história dos homens numa perspetiva de esperança. Garante-nos que o egoísmo, a violência, a injustiça, o pecado, não têm a “última palavra” na história do mundo e dos homens; a “última palavra” será sempre de Deus, que vai, a seu tempo, mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim. É com essa certeza que devemos enfrentar a vida e o caminho que temos à nossa frente.
No Evangelho, Jesus assegura-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer surgir um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Aos seus discípulos, Jesus pede que vivam atentos aos sinais que anunciam essa nova realidade; e que, com paciência e confiança, se disponham a acolher e a concretizar os projetos, os apelos e os desafios de Deus.
Leituras Bíblicas
Daniel 12,1-3
Salmo 15 (16)
Hebreus 10,11-14.18
Evangelho São Marcos 13,24-32
Salmo 15 (16)
Refrão 1: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Refrão 2: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.
ALELUIA – Lucas 21,36
Aleluia. Aleluia.
Vigiai e orai em todo o tempo,
para poderdes comparecer diante do Filho do homem.
Evangelho de São Marcos 13,24-32
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Naqueles dias, depois de uma grande aflição,
o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;
as estrelas cairão do céu
e as forças que há nos céus serão abaladas.
Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,
com grande poder e glória.
Ele mandará os Anjos,
para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais,
da extremidade da terra à extremidade do céu.
Aprendei a parábola da figueira:
quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,
sabeis que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.
Em verdade vos digo:
Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a terra,
mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece:
nem os Anjos do Céu, nem o Filho;
só o Pai».
(Para Deus, não há passado nem futuro, há um eterno presente. Quando Jesus fala do seu regresso, coloca-o no hoje da sua Igreja. Eis porque, quando escreve o seu Evangelho, Marcos dirige-se a uma comunidade provada pelas perseguições, sem dúvida tentada pelo desespero, pela dúvida. Trata-se, pois, de redizer que Cristo, vitorioso da morte na manhã de Páscoa, é sempre vitorioso sobre todas as forças do mal. O seu regresso será, então, a manifestação do seu esplendor e do seu poder amoroso sobre as forças da morte. Para reavivar a sua esperança, os crentes são convidados a perscrutar os sinais que fazem ver que o Senhor voltará. A esperança dos cristãos manifesta-se em cada Eucaristia, quando afirmam que Cristo veio, vem e virá.
Para a semana que segue:
Virados para a vinda de Cristo… Os extratos da Escritura proclamados neste domingo recordam-nos que este momento virá e que nós não conhecemos nem o dia nem a hora… A convite destes textos, porque não suscitar diálogo e debate sobre este tema?
Estou pronto? Estou pronta? À margem da dimensão escatológica da fé coloca-se a questão da vigilância, à qual o Advento nos interpelará de uma maneira forte. Cristo diz que ninguém conhece o momento do seu regresso… Perguntemo-nos, então, se estamos preparados para este encontro…
Com o meu abraço na paz de Cristo.
Emília Simões
Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos
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