12 abril 2025

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor - Ano C

 A minha partilha do Domingo de Ramos:


A liturgia deste último Domingo do tempo quaresmal, Domingo de Ramos, convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo, a maldade e o pecado fossem vencidos. Por Jesus, Deus ofereceu-nos a possibilidade de uma Vida nova.
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Evangelho relata-nos a paixão e morte de Jesus. É o momento culminante de uma vida gasta a concretizar o projeto salvador de Deus: libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo, escravidão, sofrimento e morte. Na cruz onde Jesus ofereceu a sua vida até à última gota de sangue, revela-se o incomensurável amor de Deus por nós; na cruz, Jesus disse-nos que o amor até ao extremo gera Vida nova e eterna.
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Referências Bíblicas
Isaías 50, 4-7
Salmo 21 (22)
Filipenses 2, 6-11
Lucas 22,14-23,56

Salmo 21 (22)

Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?

Todos os que me veem escarnecem de mim,
estendem os meus lábios e meneiam a cabeça:
«Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Ele que o salve, se é meu amigo».

Matilhas de cães me rodearam,
cercou-me um bando de malfeitores.
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
posso contar todos os meus ossos.

Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica.
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,
sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.

Hei de falar do vosso nome aos meus irmãos,
Hei de louvar-Vos no meio da assembleia.
Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.



Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, rei da eterna glória.
Evangelho São Lucas  22,14-23,56

N     Quando chegou a hora,
Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos
e disse-lhes:
J      «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa,
antes de padecer;
pois digo-vos que não tornarei a comê-la,
até que se realize plenamente no reino de Deus».
N     Então, tomando um cálice, deu graças e disse:
J      «Tomai e reparti entre vós,
pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira,
até que venha o reino de Deus».
N     Depois tomou o pão e, dando graças,
partiu-o e deu-lho, dizendo:
J       «Isto é o meu corpo entregue por vós.
Fazei isto em memória de Mim».
N      No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
J       «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue,
derramado por vós.
Entretanto, está comigo à mesa
a mão daquele que Me vai entregar.
O Filho do homem vai partir, como está determinado.
Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!»
N     Começaram então a perguntar uns aos outros
qual deles iria fazer semelhante coisa.
Levantou-se também entre eles uma questão:
qual deles se devia considerar o maior?
Disse-lhes Jesus:
J       «Os reis da nações exercem domínio sobre elas
e os que têm sobre elas autoridade são chamados benfeitores.
Vós não deveis proceder desse modo.
O maior entre vós seja como o menor
e aquele que manda seja como quem serve.
Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve?
Não é o que está à mesa?
Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve.
Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações.
E Eu preparo para vós um reino,
como meu Pai o preparou para Mim:
comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino,
e sentar-vos-eis em tronos,
a julgar as doze tribos de Israel.
Simão, Simão, Satanás vos reclamou
para vos agitar na joeira como trigo.
Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.
E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos».
N     Pedro respondeu-Lhe:
R      «Senhor, eu estou pronto a ir contigo,
até para a prisão e para a morte».
N      Disse-lhe Jesus:
J       «Eu te digo, Pedro: não cantará hoje o galo,
sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me».
N     Depois acrescentou:
J       «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias,
faltou-vos alguma coisa?».
N     Eles responderam que não lhes faltara nada.
Disse-lhes Jesus:
J      «Mas agora, quem tiver uma bolsa pegue nela,
bem como no alforge;
e quem não tiver espada venda a capa e compre uma.
Porque Eu vos digo
que se deve cumprir em Mim o que está escrito:
‘Foi contado entre os malfeitores’.
Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao fim».
N     Eles disseram:
R      «Senhor, estão aqui duas espadas».
N      Mas Jesus respondeu:
J       «Basta».
N      Então saiu
e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras
e os discípulos acompanharam-n’O.
Quando chegou ao local, disse-lhes:
J        «Orai, para não entrardes em tentação».
N       Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra
e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo:
J       «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice.
Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua».
N     Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar.
Entrando em angústia, orava mais instantemente
e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue,
que caíam na terra.
Depois de ter orado,
levantou-Se e foi ter com os discípulos,
que encontrou a dormir, por causa da tristeza.
Disse-lhes Jesus:
J       «Porque estais a dormir?
Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação».
N     Ainda Ele estava a falar,
quando apareceu uma multidão de gente.
O chamado Judas, um dos Doze, vinha à sua frente
e aproximou-se de Jesus, para O beijar.
Disse-lhe Jesus:
J       «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?»
N      Ao verem o que ia suceder,
os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe:
R       «Senhor, vamos feri-los à espada?»
N      E um deles feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita.
Mas Jesus interveio, dizendo:
J       «Basta! Deixai-os».
N     E, tocando na orelha do homem, curou-o.
Disse então Jesus aos que tinham vindo ao seu encontro,
príncipes dos sacerdotes, oficiais do templo e anciãos:
J      «Vós saístes com espadas e varapaus,
como se viésseis ao encontro dum salteador.
Eu estava todos os dias convosco no templo
e não Me deitastes as mãos.
Mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.
N    Apoderaram-se então de Jesus,
levaram-n’O e introduziram-n’O em casa do sumo sacerdote.
Pedro seguia-os de longe.
Acenderam uma fogueira no meio do pátio,
sentaram-se em volta dela
e Pedro foi sentar-se no meio deles.
Ao vê-lo sentado ao lume,
uma criada, fitando os olhos nele, disse:
R     «Este homem também andava com Jesus».
N     Mas Pedro negou:
R     «Não O conheço, mulher».
N     Pouco depois, disse outro, ao vê-lo:
R     «Tu também és um deles».
N     Mas Pedro disse:
R      «Homem, não sou».
N     Passada mais ou menos uma hora,
afirmava outro com insistência:
R      «Esse homem, com certeza, também andava com Jesus,
pois até é galileu».
N     Pedro respondeu:
R      «Homem, não sei o que dizes».
N      Nesse instante – ainda ele falava – um galo cantou.
O Senhor voltou-Se e fitou os olhos em Pedro.
Então Pedro lembrou-se da palavra do Senhor,
quando lhe disse:
‘Antes do galo cantar, Me negarás três vezes’.
E, saindo para fora, chorou amargamente.
Entretanto, os homens que guardavam Jesus
troçavam d’Ele e maltratavam-n’O.
Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe:
R      «Adivinha, profeta: Quem te bateu?»
N      E dirigiam-Lhe muitos outros insultos.
Ao romper do dia,
reuniu-se o conselho dos anciãos do povo,
os príncipes dos sacerdotes e os escribas.
Levaram-n’O ao seu tribunal e disseram-Lhe:
R       «Diz-nos se Tu és o Messias».
N       Jesus respondeu-lhes:
J        «Se Eu vos disser, não acreditareis
e, se fizer alguma pergunta, não respondereis.
Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante
à direita do poder de Deus».
N      Disseram todos:
R       «Tu és então o Filho de Deus?»
N       Jesus respondeu-lhes:
J        «Vós mesmos dizeis que Eu sou».
N       Então exclamaram:
R       «Que necessidade temos ainda de testemunhas?
Nós próprios o ouvimos da sua boca».
N      Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos.
N      Começaram a acusá-l’O, dizendo:
R       «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo,
a impedir que se pagasse o tributo a César
e dizendo ser o Messias-Rei».
N      Pilatos perguntou-Lhe:
R       «Tu és o Rei dos judeus?»
N       Jesus respondeu-lhe:
J        «Tu o dizes».
N      Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão:
R       «Não encontro nada de culpável neste homem».
N       Mas eles insistiam:
R       «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia,
desde a Galileia, onde começou, até aqui».
N       Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu;
e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
enviou-O a Herodes,
que também estava nesses dias em Jerusalém.
Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito.
Havia bastante tempo que O queria ver,
pelo que ouvia dizer d’Ele,
e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu.
Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam
acusavam-n’O com insistência.
Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo
e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico
e remeteu-O a Pilatos.
Herodes e Pilatos, que eram inimigos,
ficaram amigos nesse dia.
Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes,
os chefes e o povo, e disse-lhes:
R      «Trouxestes este homem à minha presença
como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós
e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais.
Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo.
Como vedes, não praticou nada que mereça a morte.
Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
N      Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso
por ocasião da festa.
E todos se puseram a gritar:
R       «Mata Esse e solta-nos Barrabás».
N       Barrabás tinha sido metido na cadeia
por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio.
De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra,
querendo libertar Jesus.
Mas eles gritavam:
R        «Crucifica-O! Crucifica-O!»
N       Pilatos falou-lhes pela terceira vez:
R       Mas que mal fez este homem?
Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte.
Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
N      Mas eles continuavam a gritar,
pedindo que fosse crucificado,
e os seus clamores aumentavam de violência.
Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam:
soltou aquele que fora metido na cadeia
por insurreição e assassínio,
como eles reclamavam,
e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
N      Quando o conduziam,
lançaram mão de um certo Simão de Cirene,
que vinha do campo,
e puseram-lhe a cruz às costas,
para a levar atrás de Jesus.
Seguia-O grande multidão de povo
e mulheres que batiam no peito
e se lamentavam, chorando por Ele.
Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
J       «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim;
chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos;
pois dias virão em que se dirá:
‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram
e os peitos que não amamentaram’.
Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’;
e às colinas: ‘Cobri-nos’.
Porque, se tratam assim a madeira verde,
que acontecerá à seca?».
N      Levavam ainda dois malfeitores
para serem executados com Jesus.
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,
crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores,
um à direita e outro à esquerda.
Jesus dizia:
J        «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».
N      Depois deitaram sortes,
para repartirem entre si as vestes de Jesus.
O povo permanecia ali a observar.
Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:
R      «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,
se é o Messias de Deus, o Eleito».
N      Também os soldados troçavam d’Ele;
aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:
R       «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».
N       Por cima d’Ele havia um letreiro:
«Este é o rei dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados
insultava-O, dizendo:
R       «Não és Tu o Messias?
Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».
N      Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:
R      «Não temes a Deus,
tu que sofres o mesmo suplício?
Quanto a nós, fez-se justiça,
pois recebemos o castigo das nossas más ações.
Mas Ele nada praticou de condenável».
N      E acrescentou:
R       «Jesus, lembra-Te de mim,
quando vieres com a tua realeza».
N       Jesus respondeu-lhe:
J        «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
N       Era já quase meio-dia,
quando as trevas cobriram toda a terra,
até às três horas da tarde,
porque o sol se tinha eclipsado.
O véu do templo rasgou-se ao meio.
E Jesus exclamou com voz forte:
J       «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».
N      Dito isto, expirou.
N      Vendo o que sucedera,
o centurião deu glória a Deus, dizendo:
R       «Realmente este homem era justo».
N       E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo,
ao ver o que se passava, regressava batendo no peito.
Todos os conhecidos de Jesus,
bem como as mulheres que O acompanhavam
desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas.
N       Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia,
que era pessoa reta e justa e esperava o reino de Deus.
Era membro do Sinédrio, mas não tinha concordado
com a decisão e o proceder dos outros.
Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
E depois de o ter descido da cruz,
envolveu-o num lençol
e depositou-o num sepulcro escavado na rocha,
onde ninguém ainda tinha sido sepultado.
Era o dia da Preparação
e começavam a aparecer as luzes do sábado.

Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia
acompanharam José e observaram o sepulcro
e a maneira como fora depositado o corpo de Jesus.
No regresso, prepararam aromas e perfumes.
E no sábado guardaram o descanso, conforme o preceito.

«Hosana! Crucifica-O!…» Gritos de alegria! Gritos de ódio!… A mesma multidão! E o nosso grito hoje? Somos discípulos de Jesus quando tudo vai bem… e prontos a negá-l’O quando nos sentimos comprometidos com Ele? Durante a Semana Santa, tomemos o tempo de parar com Paulo a fim de revivificar a nossa fé em “Cristo Jesus imagem de Deus… abaixando-Se até à morte de Cruz… elevado acima de tudo…”. Ousemos proclamá-lo pela nossa vida “Cristo e Senhor para a glória do Pai”! Vivamos a Semana Santa na oração e na contemplação de Jesus Cristo, a essência do nosso ser e da comunhão de irmãos em Igreja!»

Deixas-me espantado, Senhor Jesus!
Tu abraças o sofrimento,
porque o teu amor é maior que as minhas falhas.
Fico admirado com a humildade
que escolhes livremente.
E a tua entrega traz bênção
às minhas memórias feridas.
Fico abismado com o perdão que me ofereces
e que me torna capaz de voar
para longe de tudo o que me prende.
In Rezar na Quaresma

Desejo a todos um abençoado Domingo de Ramos.
Abraço em Cristo.
Emília Simões

09 abril 2025

Rezar na Quaresma


João 7, 40-53

Houve desacordo entre a multidão
a respeito de Jesus.

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 Creio em Ti, Jesus,

Presente na Palavra que ilumina a vida

e aponta novos caminhos.

Creio em Ti, Filho de Maria,

presente na Eucaristia que alimenta a fraternidade

e traz sabor de eternidade ao presente.

Creio em Ti, Mestre,

presente na comunidade que Tu reúnes

e se torna Evangelho vivido.

Creio em Ti

e sinto-me agradecido por contares comigo

para Te tornar presente hoje

com os meus gestos,

as minhas palavras

e a minha liberdade.

In Rezar na Quaresma (05.04.2025)

05 abril 2025

5º Domingo da Quaresma (Ano C)

A  minha partilha do 5º Domingo da Quaresma: 

Nesta quinta etapa do caminho quaresmal, a liturgia convida-nos a libertarmo-nos de tudo aquilo que nos escraviza e a caminharmos, com coragem e decisão, para a meta que nos espera: a vida renovada, o horizonte de liberdade e de felicidade que Deus quer oferecer a todos os seus queridos filhos.

No Evangelho Jesus mostra, a partir da história de uma mulher acusada de cometer adultério, como é que Deus lida com as nossas decisões erradas: “Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar”. O perdão de Deus, fruto do seu amor, falará sempre mais alto do que o nosso pecado. A grande preocupação de Deus não é castigar quem falhou; mas é apontar aos seus queridos filhos um caminho novo, de liberdade, de realização e de vida sem fim.

Referências Bíblicas
Salmo 125 (126)
Filipenses 3,8-14
Evangelho de S. João 8,1-11
Isaías 43,16-21


 Salmo 125 (126)

Refrão 1: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.


 Louvor a Vós, Jesus Cristo, rei da eterna glória.

Evangelho de São João 8,1-11

Naquele tempo,
Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo,
e todo o povo se aproximou d’Ele.
Então sentou-Se e começou a ensinar.
Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus
uma mulher surpreendida em adultério,
colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus:
«Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres.
Tu que dizes?».
Falavam assim para Lhe armarem uma cilada
e terem pretexto para O acusar.
Mas Jesus inclinou-Se
e começou a escrever com o dedo no chão.
Como persistiam em interrogá-l’O,
ergueu-Se e disse-lhes:
«Quem de entre vós estiver sem pecado
atire a primeira pedra».
Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão.
Eles, porém, quando ouviram tais palavras,
foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos,
e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.
Jesus ergueu-Se e disse-lhe:
«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».
Ela respondeu:
«Ninguém, Senhor».
Disse então Jesus:
«Nem Eu te condeno.
Vai e não tornes a pecar».

(Jesus é posto face à Lei e, ao mesmo tempo, face a uma mulher. A Lei é clara: esta mulher, apanhada em flagrante delito de adultério, deve ser delapidada. Jesus não rejeita a Lei, pede somente aos escribas e fariseus para a colocar em prática, com a condição de começarem a ter um olhar sobre a própria vida antes de olhar a mulher e de a condenar).


Prece
Aqui estou, Senhor, sentindo-me pecador,
no meio de um povo de pecadores.
Diante de Ti, reconheço o meu fracasso.
Entristece-me a minha queda e o meu desamor:
Choca-me a falta de empatia dos outros.
Surpreende-me o olhar com que me olhas.
Em Ti encontro esperança,
desafio a experimentar novos caminhos,
energia para fazer diferente,
certeza que estarás sempre
do meu lado.
In Rezar na Quaresma
06.04.2025


Desejo-vos um agradável e feliz domingo.
Continuação de santa Quaresma.
Abraço em Cristo.
Emília Simões

Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos
Imagens Google

02 abril 2025

Rezar na Quaresma

 Salmo 145

O Senhor ampara os que vacilam.

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Deus de Amor,

escuta o grito das famílias desavindas,

dos solitários, dos rejeitados.

Deus da justiça,

ouve o apelo dos perseguidos,

dos maltratados e oprimidos.

Deus da paz,

presta atenção ao choro

que vem dos estados falhados,

dos inocentes em pânico, bombardeados.

Deus da cura,

atende os pedidos dos que sofrem,

dos frágeis, dos deprimidos.

Deus de misericórdia,

abre o teu coração aos arrependidos,

aos que se entregam em teus braços.

In Rezar na Quaresma

02.04.2025

29 março 2025

4º Domingo da Quaresma (Ano C)

 A minha partilha deste 4º Domingo da Quaresma:


Na quarta etapa do “caminho da Quaresma”, a liturgia fala-nos de vida nova. Diz-nos como chegar lá. Convida-nos a experimentá-la.

No Evangelho, através da parábola do “pai misericordioso”, Jesus garante-nos que Deus nunca nos fechará as portas: estará sempre à nossa espera de braços abertos, pronto para nos acolher e para nos reintegrar na sua família. “Voltar para Deus” é a opção certa para quem quiser dar sentido pleno à sua existência.

Referencias Bíblicas
Josué 5,9a.10-12
Salmo 33 (34)
2 Coríntios 5,17-21
Evangelho de São Lucas 15,18


Salmo 33 (34)

Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

Refrão 4: Louvor a Vós, Jesus Cristo, rei da eterna glória.

Evangelho de São Lucas 15,18

A Parábola do Filho Pródigo

Naquele tempo,
os publicanos e os pecadores
aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo:
«Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
«Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai:
‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’.
O pai repartiu os bens pelos filhos.
Alguns dias depois, o filho mais novo,
juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante
e por lá esbanjou quanto possuía,
numa vida dissoluta.
Tendo gasto tudo,
houve uma grande fome naquela região
e ele começou a passar privações.
Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra,
que o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele matar a fome
com as alfarrobas que os porcos comiam,
mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse:
‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância,
e eu aqui a morrer de fome!
Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe:
Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho,
mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai.
Ainda ele estava longe, quando o pai o viu:
encheu-se de compaixão
e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe o filho:
‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos:
‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha.
Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o.
Comamos e festejemos,
porque este meu filho estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado’.
E começou a festa.
Ora o filho mais velho estava no campo.
Quando regressou,
ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo respondeu-lhe:
‘O teu irmão voltou
e teu pai mandou matar o vitelo gordo,
porque ele chegou são e salvo’.
Ele ficou ressentido e não queria entrar.
Então o pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele respondeu ao pai:
‘Há tantos anos que eu te sirvo,
sem nunca transgredir uma ordem tua,
e nunca me deste um cabrito
para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho,
que consumiu os teus bens com mulheres de má vida,
mataste-lhe o vitelo gordo’.
Disse-lhe o pai:
‘Filho, tu estás sempre comigo
e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos,
porque este teu irmão estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado’».


Prece

Deus de todos, 
dos descaminhados,
dos que perderam a dignidade ou o gosto de viver,
dos que ainda sonham voltar a casa...
Mesmo quando nos afastamos de Ti
e dos teus caminhos,
quando desperdiçamos os dons que nos deste
Tu nos acolhes.
E neste voltar ao teu abraço,
Pai misericordioso,
eu sei que vai haver festa.
In Rezar na Quaresma




Desejo a todos um bom domingo e 
continuação de santa Quaresma.
Emília

Imagens Google