Depois de um pequeno período de ausência aqui estou de novo com muita alegria junto de vós, para o nosso habitual encontro neste meu (vosso) cantinho.
Começo a minha reflexão de hoje com uma frase que retive do Evangelho de S. Lucas proclamado no último fim-de-semana e que hoje me tem acompanhado durante o dia:
«Marta, Marta,
andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».
Transcrevo na íntegra o Evangelho proclamado (Lc 10,38-42)
«Naquele tempo,
Jesus entrou em certa povoação
e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que, sentada aos pés de Jesus,
ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço.
Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas
que minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe:
«Marta, Marta,
andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».
Jesus que tanto nos ensinou, que tanto nos transmitiu e que mais uma vez através deste diálogo tão belo com Maria e Marta vem ao meu (nosso) encontro e nos relembra que é imperioso escutá-Lo, meditar na Sua Palavra.
Quanto tempo, Senhor, perdi e continuo a perder com futilidades, em correrias sem nexo, quando na verdade eu devo ter mais tempo para Te escutar, para Te louvar, para Contigo aprender a caminhar com tranquilidade, com paz, valorizando os momentos em família, com os amigos, com tantos outros irmãos que estão famintos de uma Palavra Tua. Ajuda-me, Senhor!
«Quatro velas queimavam calmamente. O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir o diálogo que travavam. A primeira vela disse:
- Eu sou a Paz!
Apesar da minha luz, as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou então, apagar. E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.
A segunda disse:
- Eu chamo-me Fé!
Infelizmente sou muito supérflua na vida da maioria das pessoas. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido portanto, eu continuar queimando. E ao terminar a sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor!
Não tenho mais forças para queimar. As pessoas deixam-me de lado, só conseguem vislumbrar a si próprias, esquecem-se até daqueles à sua volta que os amam. E sem esperar apagou-se.
De repente... Entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até ao fim. E dizendo isso começou a chorar.
Então a quarta vela falou:
- Não tenhas medo pequeno, enquanto eu queimar, poderemos acender outras velas,
pois eu sou a Esperança!
A criança então, com os olhos brilhantes, pegou na vela que restava e acendeu todas as outras.
“Que a vela da Esperança nunca se apague dentro de nós!”»
Amiga (o)s,
Vou estar ausente por algum tempo. Deixo-vos esta mensagem do diálogo entre quatro velas que achei lindíssimo, desejando que a Paz, a Fé, o Amor e a Esperança estejam sempre presentes nos vossos corações.
Um dia, Jesus orava sozinho,
estando com Ele apenas os discípulos.
Então perguntou-lhes:
«Quem dizem as multidões que Eu sou?»
Eles responderam:
«Uns, João Baptista; outros, que és Elias;
e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Pedro tomou a palavra e respondeu:
«És o Messias de Deus».
Ele, porém, proibiu-lhes severamente
de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou:
«O Filho do homem tem de sofrer muito,ser rejeitado pelos anciãos,pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas;tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Depois, dirigindo-Se a todos, disse:
«Se alguém quiser vir comigo,renuncie a si mesmo,tome a sua cruz todos os dias e siga-Me.Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la;mas quem perder a sua vida por minha causa,salvá-la-á».
Senhor, será que Te conheço verdadeiramente, que sigo os Teus Mandamentos e que de Ti dou um verdadeiro testemunho?
Será que faço da Oração uma constante da minha vida?
Será que vejo nos outros meus irmãos o Teu próprio rosto?
Ajuda-me, Senhor, na minha pequenez a ser como tu queres, a tomar a minha Cruz, porque quero seguir Contigo.
«Naquele tempo,
um fariseu convidou Jesus para comer com ele.
Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa.
Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade –
ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu,
trouxe um vaso de alabastro com perfume;
pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito,
banhava-Lhe os pés com as lágrimas
e enxugava-lhos com os cabelos,
beijava-os e ungia-os com o perfume.
Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo:
«Se este homem fosse profeta,
saberia que a mulher que O toca é uma pecadora».
Jesus tomou a palavra e disse-lhe:
«Simão, tenho uma coisa a dizer-te».
Ele respondeu: «Fala, Mestre».
Jesus continuou:
«Certo credor tinha dois devedores:
um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta.
Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos.
Qual deles ficará mais seu amigo?»
Respondeu Simão:
«Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou».
Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem».
E voltando-Se para a mulher, disse a Simão:
«Vês esta mulher?
Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés;
mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas
e enxugou-os com os cabelos.
Não Me deste o ósculo;
mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés.
Não Me derramaste óleo na cabeça;
mas ela ungiu-Me os pés com perfume.
Por isso te digo:
São-lhe perdoados os seus muitos pecados,
porque muito amou;
mas aquele a quem pouco se perdoa,
pouco ama».
Depois disse à mulher:
«Os teus pecados estão perdoados».
Então os convivas começaram a dizer entre si:
«Quem é este homem, que até perdoa os pecados?»
Mas Jesus disse à mulher:
«A tua fé te salvou. Vai em paz».
Depois disso, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias,
a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus.»
Como o Senhor, todo Ele Amor, Misericórdia, Perdão e Bondade ousemos ser diferentes e tentemos ao Seu jeito também usar de benevolência e compreensão principalmente para com os irmãos que estão mais sós ou abandonados e até para os que nos estão mais próximos seja em família, no emprego ou nos locais por onde nos deslocamos. Tenhamos para com todos palavras de esperança, de consolo, um sorriso, um pedido de desculpas.
Neste dia dedicado a Camões, Portugal e Comunidades Portuguesas espalhadas por todo o Mundo deixo um poema de um cântico que aprecio bastante e que sintetiza o que sinto nestes dias de comemorações e que dedico a todos vós que têm a paciência e amabilidade de visitar o meu cantinho, não esquecendo os que deram a vida e todos os outros amigos que em Portugal ou fora do nosso País também continuam de forma digna e pacífica a sua labuta por um Portugal melhor. Para todos o meu respeito e carinho.
Somos um povo que caminha E juntos caminhando podemos alcançar Outra cidade onde há justiça Sem penas nem tristezas, cidade onde há paz.
Somos um povo que caminha Que marcha pelo mundo, buscando outra cidade. Somos errantes peregrinos Em busca de um destino, destino de unidade. Sempre seremos caminhantes, Pois só caminhando, podemos alcançar Outra cidade onde há justiça Sem penas nem tristezas, cidade onde há paz.
Dá-nos valor p’ra nossas lutas, Valor nas horas tristes, valor em nosso afã. Dá-nos a luz da Tua Palavra, Que guia nossos passos por este caminhar. Marcha Senhor a nosso lado, Pois só em tua presença podemos alcançar, Outra cidade onde há justiça Sem penas nem tristezas, cidade onde há paz.
Dura se faz a nossa marcha Andando entre as sombras de tanta obscuridade. Todos os corpos desgastados Já sentem o cansaço de tanto caminhar. Mas nós temos a certeza De que nossas fadigas por fim alcançarão Outra cidade onde há justiça Sem penas nem tristezas, cidade onde há paz.»
Ailime Autor: Desconhecido
Inserido no livro de Cânticos da Paróquia de AMMM Imagem cedida gentilmente pela Net
Ontem, encontrei uma pessoa amiga que já não via há algum tempo.
Não me pereceu bem de saúde tendo-me dito que andava com determinados problemas físicos desde que uma sua filha (já adulta) tinha ficado doente há cerca de três anos.
Senti-me desfalecer e um enorme nó no estômago não me deixou por algumas horas.
Pensei nos jovens em geral e no empenho e dedicação com que frequentam os seus Cursos, muitos deles com sacrifícios vários e de suas famílias.
A pressão e o grau de exigência que hoje é exercida sobre os mesmos são enormes e na maioria dos casos acaba por não corresponder às suas expectativas originando verdadeiras tragédias nas suas vidas e de seus familiares.
O desemprego alastra e a falta de oportunidades para poderem exercer a actividade para a qual se sentem vocacionados são praticamente inexistentes.
Dirão que há situações muito mais graves, mas esta que me foi narrada é mesmo muito grave.
Estive a ler há poucos minutos alguns excertos bíblicos e lembrei-me de deixar em jeito de súplica ao meu bom Deus, mas sempre com Fé e Esperança, para todos os que de alguma forma sofrem pelos seus filhos, seus pais ou outros membros de suas famílias e amigos a seguinte passagem deIsaías, (32, 15-20):
«Será derramado outra vez sobre nós um espírito que vem do alto. Então o deserto tornar-se-á um jardim, e o jardim converter-se-á em bosque. No deserto habitará o direito, e a justiça habitará no jardim, o fruto da justiça será a paz. De facto, o trabalho da justiça resultará em tranquilidade e segurança permanentes. O meu povo habitará num lugar pacífico, em residência segura, em habitação tranquila, mesmo que o bosque seja cortado e a cidade seja arrasada. Felizes de vós que semeais à beira dos riachos e deixais o boi e o jumentinho em liberdade.»
Que o Senhor a todos ampare e alivie nas suas dores.
"A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’.
Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi celebra-se sempre numa quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes" (In Wikipédia).
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Na alegria de Te receber em mim, Senhor,
deixo-me envolver pelo Teu Espírito de Amor
que me ajuda a caminhar, a proteger nos desígnios
que para mim traçaste.
Por isso Te dou graças, Senhor!
Contigo os horizontes são mais belos,
as perspectivas mais alargadas e o
meu desejo de estar Contigo amplia-se.
Senhor, nunca me abandones e permite que
seja digna de habitares em mim!
Partilho com todos vós esta oração de S. Tomás de Aquino:
«Concede-me, Deus misericordioso,
que deseje com ardor o que Tu aprovas,
que o procure com prudência,
que o reconheça em verdade,
que o cumpra na perfeição,
para louvor e glória do Teu nome.
Põe ordem na minha vida, ó meu Deus,
e permite-me que conheça o que Tu queres que eu faça,
concede-me que o cumpra como é necessário
e como é útil para a minha alma.
Concede-me, Senhor meu Deus,
que não me perca no meio da prosperidade
nem da adversidade;
não deixes que a adversidade me deprima,
nem que a prosperidade me exalte.
Que nada me alegre ou me entristeça
para além do que conduz a Ti
ou de Ti me afasta.
Que eu não deseje agradar nem receie desagradar a ninguém,
excepto a Ti.»