01 março 2025

8º Domingo do Tempo Comum (Ano C)

 A minha partilha deste fim de semana:

Nem sempre o caminho é claro ao longo da viagem da vida. Ao longo do percurso, recebemos indicações, sugestões, orientações, propostas. Como discernir as indicações boas das indicações más, as que nos dão pistas certas e as que nos lançam por caminhos sem saída? Todos os que se apresentam como “guias” são dignos da nossa confiança? A Palavra de Deus que a liturgia deste domingo nos propõe convida-nos a refletir sobre isto.

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No Evangelho Jesus põe os seus discípulos de sobreaviso contra os “guias cegos”, arrogantes e prepotentes, sedentos de protagonismo, cujo interesse está nos seus projetos pessoais e não no bem dos seus irmãos. Os caminhos que eles apontam não levam à vida. Os discípulos poderão detetar esses “falsos mestres” pelas suas ações e pelas suas palavras, que acabam por revelar os interesses inconfessáveis que escondem no coração. Se as propostas que nos apresentam não estão em linha com as propostas de Jesus, esses “guias” não devem ser escutados.

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Referências Bíblicas

Ben Sirá 27,4-7
Salmo 91 (92)
1 Coríntios 15, 54-58
Evangelho de São Lucas 6, 39-45


Salmo 91 (92

Refrão 1: É bom louvar o Senhor.

Refrão 2: É bom louvar-vos, Senhor,
e cantar salmos ao vosso nome.

É bom louvar o Senhor
e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo,
proclamar pela manhã a vossa bondade
e durante a noite a vossa fidelidade.

O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.

Mesmo na velhice dará o seu fruto,
cheio de seiva e de vigor,
para proclamar que o Senhor é justo;
n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade.


ALELUIA – Filipenses 2, 15d.16a

Aleluia. Aleluia.
 
Vós brilhais como estrelas no mundo,
ostentando a palavra da vida.

EVANGELHO – Lucas 6, 39-45

Naquele tempo.
disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola:
«Poderá um cego guiar outro cego?
Não cairão os dois nalguma cova?
O discípulo não é superior ao mestre,
mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre.
Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista
e não reparas na trave que está na tua?
Como podes dizer a teu irmão:
‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’,
se tu não vês a trave que está na tua?
Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista
e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão.
Não há árvore boa que dê mau fruto,
nem árvore má que dê bom fruto.
Cada árvore conhece-se pelo seu fruto:
não se colhem figos dos espinheiros,
nem se apanham uvas das sarças.
O homem bom,
do bom tesouro do seu coração tira o bem:
e o homem mau,
da sua maldade tira o mal;
pois a boca fala do que transborda do coração».

(A terceira imagem é a da árvore (vers. 6). As árvores boas produzem bons frutos e as árvores más produzem frutos que não prestam; ora, assim como o fruto revela o ser da árvore, assim também as coisas que o homem diz revelam claramente o que lhe vai no coração.)



Interpelação - palavra para o caminho
É possível que, muitas vezes, a nossa “apreciação” seja objetiva e justa; mas é possível também que algumas vezes a nossa “avaliação” seja preconceituosa, injusta e superficial. Isto leva-nos, naturalmente, a pensar nos critérios que usamos para avaliar as pessoas que se cruzam conosco. Que critérios são? O que é que decide a nossa aceitação ou a nossa recusa em acolher as pessoas que a vida traz ao nosso encontro?


Com o meu abraço na
paz de Cristo.
Emília Simões

Imagens Google

2 comentários:

  1. Belas eflexões e evangelho,Ailime! Seja lindo o mês de MARÇO! beijos, chica

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  2. ... a boca fala do que transborda do coração. É de uma profundidade esse evangelho. Que sejamos verdadeiros e alinhados com nosso interior e nossas atitudes.
    Um bom domingo Ailime!

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«Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.»
(João 14:6)
Muito obrigada por me ajudar a caminhar com Cristo!
Ailime