19 julho 2025

16º Domingo do Tempo Comum - Ano C

 A minha partilha deste fim de semana:

As exigências da vida moderna obrigam-nos a correr a um ritmo estonteante e fazem-nos deixar para trás coisas fundamentais. A Palavra de Deus que a liturgia do décimo sexto domingo comum nos propõe convida-nos a redescobrir as prioridades e valores que tornam a nossa vida mais humana e mais cheia de sentido.

No Evangelho duas irmãs – Marta e Maria – acolhem Jesus na sua casa. Marta prepara para o hóspede uma boa refeição; Maria senta-se aos pés de Jesus, a escutar o que Jesus diz. São duas atitudes válidas, próprias do discípulo. Mas Lucas, o narrador deste episódio, aproveita para sugerir que a escuta da Palavra de Jesus deve preceder a ação. A ação sem a escuta de Jesus torna-se mero ativismo que, mais tarde ou mais cedo, se esvazia de sentido.

Referências Bíblicas
Génesis 18,1-10a
Salmo 14 (15)
Colossenses 1,24-28
Evangelho de São Lucas 10,38-42


Salmo 14 (15)

Refrão:  Quem habitará, Senhor, no vosso santuário?

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.

O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor.

O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.


Evangelho de São Lucas 10,38-42

Naquele tempo,
Jesus entrou em certa povoação
e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que, sentada aos pés de Jesus,
ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço.
Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas
que minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe:
«Marta, Marta,
andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».

Interpelação
Jesus, contra os costumes da época, aceita hospitalidade na casa de duas mulheres; Jesus, contra o costume da época aceita que uma das mulheres – Maria – assuma o lugar de sua discípula. Nas mais diversas situações Jesus mostrou, com gestos bem concretos, que no projeto de Deus não há lugar para a discriminação de seja quem for. Estamos conscientes disso? Não será já altura de eliminarmos da sociedade e da Igreja atitudes discriminatórias que não vêm de Deus ou do Evangelho, mas sim do nosso egoísmo, da nossa prepotência, dos nossos preconceitos?


Palavra para o caminho

O acolhimento de Maria ou o de Marta? Qual será o nosso acolhimento nesta semana, para aqueles que vamos encontrar e que são Cristo no nosso caminho? Deixarmo-nos absorver, como Marta, por tudo aquilo que vamos fazer para eles? Ou antes, ao jeito de Maria, procurar partilhar um tempo gratuito com eles, sentarmo-nos, parar um pouco para os escutar?…


Com o meu abraço na paz de Cristo.
Emília Simões

Imagens Google

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(João 14:6)
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