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04 fevereiro 2012

Que devo fazer, Senhor?

Senhor, meu Deus,

Hoje faz tanto frio na minha aldeia,

Na minha cidade,

Em todos os locais do meu País.

E há idosos a perecerem sozinhos

Sem ninguém que os abrace,

Que os acolha...

E faz tanto frio nos corações

Dos que governam

Este pequeno país.

E nas cidades abrem-se as estações

Do caminho de ferro e do metro

Para acolher os sem-abrigo.

Hoje e ontem outros portais se abriram

E houve direito a banho,

(um luxo)

Sopa quente e cobertores

E um espaço para dormir.

Sim, meu Deus, hoje e ontem fez muito frio

E todos fomos solidários,

E acolhemos os sem abrigo e os ajudámos.

E amanhã, Senhor,

Que vamos fazer com eles?

Estes e os outros que cada vez mais

Têm como casa a rua

Enrolados em jornais e cartões velhos

Nos cantos por aí espalhados.

Que devo fazer Senhor,

Como poderei ajudar todos eles?

Não apenas hoje, não…

Sempre…

Porque faz tanto frio…

E os homens não vivem apenas um dia.


Que devo fazer, Senhor?



Ailime
04.02.2012
(Imagem da Net

04 junho 2011

A paz sem vencedor e sem vencidos

Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos


Sophia de Mello Breyner Andresen

Dual (1972)
Ailime, 04.06.2011
Imagem da Net