14 outubro 2007

Hino à Caridade


Ainda que eu fale a língua dos homens,

Se não tiver caridade, sou como o bronze que ressoa

Ou como o címbalo que tine.

Ainda que eu tenha o dom da profecia

E conheça todos os mistérios e toda a ciência,

Ainda que possua a fé em plenitude,

A ponto de transportar montanhas,

Se não tiver caridade, nada sou.

Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas

E entregue o meu corpo a fim de ser queimado,

Se não tiver caridade, de nada me aproveita.

A caridade é paciente,

A caridade é benigna, não é invejosa;

A caridade não se ufana, não se ensoberbece,

Não é inconveniente, não procura o seu interesse,

Não se irrita, não suspeita mal,

Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

A caridade nunca acabará.

As profecias desaparecerão, as línguas cessarão e a ciência findará.

Porque a nossa ciência é imperfeita.

Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito será abolido.


No tempo em que eu era criança,

Falava como criança, raciocinava como criança;

Mas, quando me tornei homem, eliminei as coisas de criança.

Hoje vemos, como por um espelho, de maneira confusa,

Mas então veremos face a face.

Hoje conheço de maneira imperfeita:

Então conhecerei exactamente, como também sou conhecido.

Agora subsistem estas três coisas:

a , a esperança e a caridade;


Mas a maior delas é a CARIDADE.

(São Paulo, 1ª carta aos Coríntios, 13)