A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a
decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas
é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e
que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.
Na
primeira leitura, Jahwéh revela-se como o Deus da relação, empenhado em
estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao
encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de
liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens,
que intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para
nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira.
A segunda
leitura confirma a mensagem da primeira: o Deus em quem acreditamos não é um
Deus distante e inacessível, que se demitiu do seu papel de Criador e que
assiste com indiferença e impassibilidade aos dramas dos homens; mas é um Deus
que acompanha com paixão a caminhada da humanidade e que não desiste de oferecer
aos homens a vida plena e definitiva.
No Evangelho, Jesus dá a
entender que ser seu discípulo é aceitar o convite para se vincular com a
comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os discípulos de Jesus recebem
a missão de testemunhar a sua proposta de vida no meio do mundo e são enviados
a apresentar, a todos os homens e mulheres, sem excepção, o convite de Deus
para integrar a comunidade trinitária.
Romanos 8,14-17
Irmãos:
Todos os que são
conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Vós não recebestes
um espírito de escravidão para recair no temor,
mas o Espírito de
adopção filial, pelo qual exclamamos: «Abba, Pai». O próprio Espírito dá
testemunho, em união com o nosso espírito,
de que somos filhos
de Deus.
Se somos filhos,
também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo; se sofrermos
com Ele, também com ele
seremos glorificados.
Salmo 32 (33)
Refrão: Feliz o
povo que o Senhor escolheu para sua herança.
A palavra do Senhor
é recta,
da fidelidade
nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e
a rectidão:
a terra está cheia
da bondade do Senhor.
A palavra do Senhor
criou os céus,
o sopro da sua boca
os adornou.
Ele disse e tudo
foi feito,
Ele mandou e tudo
foi criado.
Os olhos do Senhor
estão voltados para os que O temem,
para os que esperam
na sua bondade,
para libertar da
morte as suas almas
e os alimentar no
tempo da fome.
A nossa alma espera
o Senhor:
Ele é o nosso
amparo e protector.
Venha sobre nós a
vossa bondade,
porque em Vós
esperamos, Senhor.
Evangelho de Mateus 28,16-20
Naquele tempo, os
onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes
indicara.
Quando O viram,
adoraram-n’O;
mas alguns ainda
duvidaram.
Jesus aproximou-Se
e disse-lhes:
«Todo o poder Me
foi dado no Céu e na terra. Ide e fazei discípulos de todas as nações,
baptizando-as em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que
vos mandei.
Eu estou sempre
convosco até ao fim dos tempos».
Para a semana que
se segue
Ver em cada um… Não
é preciso questionarmo-nos muito tempo sobre como fazer para amar os outros…
Basta ver Jesus em todo o ser humano, junto de cada um, e saber que o Reino se
constrói nos gestos humildes de hoje!
Desejo-vos um bom domingo.
O meu abraço na paz de Cristo.
Ailime
Fonte: Portal dos Sacerdotes Dehonianos