«Nesta terceira etapa da
caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a repensar a nossa
existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”. Com este
tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador propõe-nos a transformação
em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós
se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus».
Leituras de hoje: Ex 3,1-8a.13-15; Salmo 102
(103); 1 Cor 10,1-6.10-12¸ Lc 13,1-9
Da primeria leitura:
Deus disse ainda a Moisés:
«Assim falarás aos filhos de Israel:
‘O Senhor, Deus de vossos pais,
Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob,
enviou-me a vós.
Este é o meu nome para sempre,
assim Me invocareis de geração em geração’».
Do Evangelho:
«Julgais que eram mais
culpados
do que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Eu digo-vos que não.
E se não vos arrependerdes,
morrereis todos de modo semelhante.
Jesus disse então a seguinte parábola:
«Certo homem tinha uma figueira plantada na sua
vinha.
Foi procurar os frutos que nela houvesse,
mas não os encontrou.
Disse então ao vinhateiro:
‘Há três anos que venho procurar frutos nesta
figueira
e não os encontro.
Deves cortá-la.
Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a
terra?’
Mas o vinhateiro respondeu-lhe:
‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano,
que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e
deitar-lhe adubo.
Talvez venha a dar frutos.
Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».
Salmo 102 (103)
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.
O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios.
O Senhor é clemente e
compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia para os que O temem.
«A proposta principal que Jesus apresenta chama-se “conversão”. Não se trata de penitência externa, ou de um simples arrependimento dos pecados; trata-se de um convite à mudança radical, à reformulação total da vida, da mentalidade, das atitudes, de forma que Deus e os seus valores passem a estar em primeiro lugar. É este caminho a que somos chamados a percorrer neste tempo, a fim de renascermos, com Jesus, para a vida nova do Homem Novo».
Desejo a todos um bom domingo.
O meu abraço em Cristo.
Fonte: Portal dos Sacerdotes Dehonianos