05 fevereiro 2013

Adora e confia



«Não te inquietes pelas dificuldades da vida,
pelos seus altos e baixos, pelas suas decepções,
pelo seu porvir mais ou menos sombrio.

Abraça o que Deus quer.

Oferece-lhe por entre inquietudes e dificuldades
o sacrifício da tua alma simples que,
frente ao que quer que seja, aceita os desígnios
da sua providência.

Pouco importa que te consideres um
frustrado se Deus te considera
 plenamente realizado, a seu gosto.
 Perde-te confiada e cegamente nesse
Deus que te quer para si.

E que chegará até ti, ainda que nunca o vejas.
Pensa que estás nas suas mãos,
tanto mais fortemente acolhido
quanto mais decaído te encontres.
Vive feliz. Suplico-te. Vive em paz.

Que nada te altere.

Que nada seja capaz de te tirar a paz.
Nem a fatiga psíquica. Nem as tuas faltas morais.
Faz que brote, e conserva sempre
sobre o teu rosto, um doce sorriso,
reflexo de que o Senhor te dirige continuamente.

E no fundo da tua alma coloca,
antes de mais nada,
como fonte de energia e critério de verdade,
tudo aquilo que te encha da paz de Deus.

Recorda: tudo quanto te reprima e inquiete é falso.
Asseguro-te em nome das leis da vida
e das promessas de Deus.
Por isso, quando te sentires angustiado, triste..., 

adora e confia!»

 Teilhard de Chardin P.J.

Ailime
Imagem Google


03 fevereiro 2013

Hino à caridade

Das leituras de hoje partilho a Epístola de São Paulo aos Coríntios, que embora parecendo longa, é belíssima, como toda a Palavra inspirada por Deus


Cor 12,31-13,13
«Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados.
Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo:

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver caridade,
sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu possua a plenitude da fé,
a ponto de transportar montanhas,
se não tiver caridade, nada sou.

Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver caridade, de nada me aproveita.

A caridade é paciente, a caridade é benigna;
não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa;
não é inconveniente, não procura o próprio interesse;
não se irrita, não guarda ressentimento;
não se alegra com a injustiça,
mas alegra-se com a verdade;
tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.

O dom da profecia acabará,
o dom das línguas há-de cessar,
a ciência desaparecerá;
mas a caridade não acaba nunca.

De maneira imperfeita conhecemos,
de maneira imperfeita profetizamos.
Mas quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.

Quando eu era criança, falava como criança,
sentia como criança e pensava como criança.
Mas quando me fiz homem, deixei o que era infantil.
Agora vemos como num espelho e de maneira confusa,
depois, veremos face a face.

Agora, conheço de maneira imperfeita,
depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e a caridade;
mas a maior de todas é a caridade.»


Desejo a todos um domingo abençoado. Ailime