26 abril 2008

24 abril 2008

25 de Abril, SEMPRE









Tive o privilégio de estar na manhã do dia 25 de Abril de 1974, no Largo do Carmo, em Lisboa.
Já lá vão vão 34 anos!





Deixo aqui a minha simples homenagem aos Capitães de Abril que, com a sua intervenção, restituíram a todo o povo português condições para poder viver em liberdade e proporcionando ainda um grande salto no desenvolvimento polítco-social do país!


"Depois da fome, da guerra
Da prisão e da tortura
vi abrir-se a minha terra
como um cravo de ternura.
Vi nas ruas da cidade
o coração do meu povo
gaivota da liberdade
voando num Tejo novo.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Vi nas bocas vi nos olhos
nos braços nas mãos acesas
cravos vermelhos aos molhos
rosas livres portuguesas.
Vi as portas da prisão
abertas de par em par
vi passar a procissão
do meu país a cantar.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Nunca mais nos curvaremos
às armas da repressão
somos a força que temos
a pulsar no coração.
Enquanto nos mantivermos
todos juntos lado a lado
somos a glória de sermos
Portugal ressuscitado.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido. "

Portugal Ressuscitado
Poema de:
José Carlos Ary dos Santos
(Caxias, 26 de Abril de 1974)

20 abril 2008

IF (SE) de Kipling


Se


"Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa!
De crer em ti quando todos estão duvidando
E para estes , no entanto ,achar uma desculpa!
Se és capaz de esperar sem te desesperes
Ou enganado não mentir ao mentiroso;
Ou sendo odiado , sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais , nem pretensioso.
Se és capaz de pensar, sem que a isso só te atires;
De sonhar, sem fazer dos sonhos teus senhores;
E se encontrando a desgraça e o triunfo, conseguires
Tratar da mesma forma esses dois impostores
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas, as verdades que dissestes,
E as cousas por que deste a vida, estraçalhadas,
E refaze-las com o bem pouco que te reste.
Se és capaz de arriscar, em uma única parada,
Tudo que ganhaste em toda a tua vida,
E perder, e ao perder, sem nunca dizer nada.
Resignado retornar ao ponto da partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que ainda nele existe;
E persistir, assim quando, exausto, contudo
Resta a vontade em ti, que ainda ordena, persiste!
Se és capaz de entre a plebe não te corromperes,
E, entre reis não perderes a naturalidade.
E de amigos, quer bons quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade.
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra, com tudo que existe no mundo,
E, o que é muito mais - é um HOMEM , meu filho! "


(Rudyard Kipling )

Prémio Nobel da Literatura em 1907