«A liturgia do 31º Domingo
do Tempo Comum convida-nos a uma reflexão sobre a seriedade, a verdade e
a coerência do nosso compromisso com Deus e com o Reino. De forma especial, as
leituras deste domingo interpelam os animadores das comunidades cristãs acerca
da verdade do seu testemunho, da pureza dos seus motivos, do seu real empenho
na construção de comunidades comprometidas com os valores do Evangelho.
O Evangelho apresenta-nos o grupo dos “fariseus”. Critica
violentamente a sua pretensão à posse exclusiva da verdade, a sua incoerência,
o seu exibicionismo, a sua insensibilidade ao amor e à misericórdia. Mais do
que informação histórica, é um convite aos crentes no sentido de não deixarem
que atitudes semelhantes se introduzam na família cristã e destruam a
fraternidade, fundamento da comunidade».
Evangelho de Mateus 23,
1-12
Naquele tempo,
Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem,
mas não imiteis as suas obras,
porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens,
mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens:
alargam os filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes
e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas
e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’,
porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’,
porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’,
porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo.
Quem se exalta será humilhado,
Salmo 130 (131)
Refrão:
Guardai-me na vossa paz, Senhor.
Senhor,
não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.
Antes
fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.
Rezar todos os dias o Pai Nosso. Durante a semana, procurar
fazer o ponto da situação sobre as nossas relações, sobre a nossa maneira de
viver em comunidade cristã. Procurar rezar todos os dias o Pai Nosso de maneira
menos formal, tendo mais consciência das suas implicações de fraternidade.
ooooooooo
Desejo-vos um bom domingo.
O meu abraço na paz de Cristo.