20 setembro 2008

Vento Suão


Percorro-te por entre as searas
Ondulantes dos sonhos
Que um dia inventei

A aragem seca do vento suão
Paralisa-me os movimentos
E não consigo deter-te

Chamo-te, mas a voz sufocada
Tarda em sair e
O vento suão já serenou

Olho as searas ondulantes

Dos sonhos que um dia inventei
E não te vislumbro

Quero correr, gritar, agarrar-te
Mas o vento suão voltou
E desfez a seara ondulante...


Dos sonhos que um dia inventei

Ailime, 19.09.2008