«A liturgia de hoje
convida-nos à descoberta do Deus do amor, empenhado em conduzir-nos a uma vida
de comunhão com Ele.
O
Evangelho apresenta-nos o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel
e eterno, apesar das escolhas erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde.
E esse amor lá está, sempre à espera, sem condições, para acolher e abraçar o
filho que decide voltar. É um amor entendido na linha da misericórdia e não na
linha da justiça dos homens».
Leituras de hoje: Jos 5,9a.10-12¸ Salmo
33 (34), 2 Cor 5,17-21; Lc
15,1-3.11-32;
A Parábola do filho pródigo
«Naquele tempo,
os
publicanos e os pecadores
aproximavam-se
todos de Jesus, para O ouvirem.
Mas os
fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo:
«Este
homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus
disse-lhes então a seguinte parábola:
«Um homem
tinha dois filhos.
O mais
novo disse ao pai:
‘Pai,
dá-me a parte da herança que me toca’.
O pai
repartiu os bens pelos filhos.
Alguns
dias depois, o filho mais novo,
juntando
todos os seus haveres, partiu para um país distante
e por lá
esbanjou quanto possuía,
numa vida
dissoluta.
Tendo
gasto tudo,
houve uma
grande fome naquela região
e ele
começou a passar privações.
Entrou
então ao serviço de um dos habitantes daquela terra,
que o
mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem
desejava ele matar a fome
com as
alfarrobas que os porcos comiam,
mas
ninguém lhas dava.
Então,
caindo em si, disse:
‘Quantos
trabalhadores de meu pai têm pão em abundância,
e eu aqui
a morrer de fome!
Vou-me
embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe:
Pai,
pequei contra o Céu e contra ti.
Já não
mereço ser chamado teu filho,
mas
trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a
caminho e foi ter com o pai.
Ainda ele
estava longe, quando o pai o viu:
encheu-se
de compaixão
e correu
a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe
o filho:
‘Pai,
pequei contra o Céu e contra ti.
Já não
mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai
disse aos servos:
‘Trazei
depressa a melhor túnica e vesti-lha.
Ponde-lhe
um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o
vitelo gordo e matai-o.
Comamos e
festejemos,
porque
este meu filho estava morto e voltou à vida,
estava
perdido e foi reencontrado’.
E começou
a festa.
Ora o
filho mais velho estava no campo.
Quando
regressou,
ao
aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um
dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo
respondeu-lhe:
‘O teu
irmão voltou
e teu pai
mandou matar o vitelo gordo,
porque
ele chegou são e salvo’.
Ele ficou
ressentido e não queria entrar.
Então o
pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele
respondeu ao pai:
‘Há tantos
anos que eu te sirvo,
sem nunca
transgredir uma ordem tua,
e nunca
me deste um cabrito
para
fazer uma festa com os meus amigos.
E agora,
quando chegou esse teu filho,
que
consumiu os teus bens com mulheres de má vida,
mataste-lhe
o vitelo gordo’.
Disse-lhe
o pai:
‘Filho,
tu estás sempre comigo
e tudo o
que é meu é teu.
Mas
tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos,
porque
este teu irmão estava morto e voltou à vida,
estava
perdido e foi reencontrado’».
Salmo 33 (34)
Saboreai e vede como o
Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o
Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis
radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
Desejo a todos um bom domingo repleto da misericórdia divina.
O meu abraço na Paz de Cristo
Fonte: Portal dos Sacerdotes Dehonianos