26 janeiro 2013

Partilha



As minhas mãos estavam um pouco geladas, embora as tivesse protegido do frio. Ao chegar e antes de a saudar disse-lhe: “hoje as minhas mãos não estão quentinhas como de costume e tenho receio de … Agarrou-me as mãos e disse-me numa voz muito suave: “não receies, dá-me as tuas mãos, porque gosto de as ter entre as minhas mesmo assim frias!”
Era a segunda vez que se expressava desta forma.
Fiquei sem palavras e estendi-lhe as mãos, que segurou com muita ternura entre as suas! Emocionei-me e ficámos assim sem dizer nada por alguns instantes. Muitas coisas me vieram ao pensamento.
Senti que Jesus estava ali presente naquele coraçãozinho e me dizia baixinho: “ não tenhas medo, vem e Segue-me na simplicidade da vida, no silêncio de ti. Vem e abre o teu coração. Dá-me o teu amor mesmo que as tuas mãos estejam frias.

Ailime
26.01.2013
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20 janeiro 2013

Meditação


"Oxalá, Senhor, que ouças a minha voz.
Aqui estou.
Sem grandes palavras para dizer.
Sem grandes obras para oferecer.
Sem grandes gestos para fazer.
Sozinho aqui. Sozinho. Contigo.
Receberei aquilo que me queiras dar:
luz ou sombra. Sorte ou adversidade.
Alegria ou tristeza. Calma ou dificuldade.
E receberei sereno,
com um coração sossegado,
porque sei que Tu, meu Deus,
também és um Deus pobre.
Um Deus que não exige, mas que convida.
Que não força, mas que espera.
Que não obriga, mas que ama.
E eu mesmo farei no meu mundo,
com os meus amigos, com a minha vida:
aceitar o que vier como um presente.
Eliminar do meu dicionário a exigência.
Perguntar aos outros: “O que precisas?”
“Que posso fazer por Ti?”
E dizer poucas vezes “quero” ou “dá-me”.
E assim avanço, Deus: Aqui,
sem mais nada, sozinho.
Em silêncio. Contigo, meu Deus pobre."

(Autor desconhecido)

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Ailime