09 março 2024

04º Domingo da Quaresma (Ano B)

 A minha partilha deste fim de semana:

A liturgia do 4.º Domingo da Quaresma coloca-nos diante do projeto salvador de Deus para o mundo e para os homens: é uma iniciativa de Deus que, independentemente dos nossos méritos, nos oferece a Vida eterna. Cada um de nós tem de decidir como acolhe essa oferta e que resposta lhe dá. A nossa resposta deve ser levada na alegria, marca essencial do Evangelho e deste Domingo da Quaresma, chamado o “Domingo da Alegria”.

No Evangelho, João apresenta, em palavras do próprio Jesus, o projeto de salvação de Deus: por puro amor, Deus enviou ao nosso encontro o seu Filho Unigénito, que veio oferecer-nos a salvação. Quem “acreditar” em Jesus e aprender com Ele a lição do amor até ao extremo, nascerá para uma Vida nova, para a Vida plena e definitiva.

Referências Bíblicas
2 Crónicas 36,14-16.19-23
Salmo 136 (137)
Efésios 2, 4-10
Evangelho de São João 3, 14-21

Salmo 13 6 (137)

Refrão:  Se eu me não lembrar de ti, Jerusalém,
fique presa a minha língua.

Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.

Evangelho de São João 3, 14-21

Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

Naquele tempo,
disse Jesus a Nicodemos:
«Assim como Moisés elevou a serpente no deserto,
também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita
tenha n’Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito,
para que todo o homem que acredita n’Ele
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n’Ele não é condenado,
mas quem não acredita já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta:
a luz veio ao mundo
e os homens amaram mais as trevas do que a luz,
porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más ações
odeia a luz e não se aproxima dela,
para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz,
para que as suas obras sejam manifestas,
pois são feitas em Deus.
(A missão de Jesus consiste em mostrar aos homens o amor de Deus e em ensinar os homens a viver no amor. Ora será na cruz que Ele mostrará, de forma superlativa, tudo isso. Por isso, Jesus diz a Nicodemos que o Messias tem de “ser levantado ao alto”, como “Moisés levantou a serpente” no deserto. A referência evoca o episódio da caminhada pelo deserto quando os hebreus, mordidos pelas serpentes, olhavam uma serpente de bronze levantada num estandarte por Moisés e se curavam (cf. Nm 21,8-9). Essa serpente de bronze, levantada ao alto, oferecia a vida, a salvação. Do mesmo modo, Jesus tem de ser levantado na cruz para ser fonte de vida e de salvação para aqueles que o contemplarem. É na cruz que Jesus manifesta o seu amor até ao extremo e que indica aos homens o caminho que eles devem percorrer para alcançar a salvação, a Vida definitiva (vers. 14).)

Para a semana que segue:
Somos dignos da missão, da confiança que Jesus põe em nós? Isso não é assim tão difícil, na realidade. Basta, muitas vezes, a atenção a pequenas coisas. Comportar-se à maneira de Jesus junto de cada um destes pequenos que são os seus irmãos: por uma palavra de acolhimento, um serviço prestado, um pouco de entreajuda, um gesto de partilha, um momento de escuta… Empreender também, ao nível de responsabilidade que é a nossa, atitudes para mudar o que pode ser mudado, para que haja menos injustiça e exclusão. Preparar a Páscoa com os mais esquecidos…

Prece
Deus generoso.
Tu amaste este mundo ao ponto de nos enviares
o teu Filho, Jesus.
Ele veio para viver e morrer entre nós
e todos encontrarmos a vida eterna que nos ofereceu.
Perdoa por guardarmos a tua vida abundante
só para nós,
por enterrarmos os teus dons,
por preferirmos o nosso bem-estar
à compaixão e à justiça.
Ensina-nos o que é vivermos como filhos da luz,
partilhando com generosidade
os dons que abundantemente nos deste
com os nossos irmãos necessitados.
In Rezar na Quaresma

Desejo-vos um bom domingo
e continuação de santa Quaresma.
Emília Simões

Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos
Imagens Google

06 março 2024

Rezar na Quaresma

Mateus 18,21-35
Não devias, também tu, compadecer-te
do teu companheiro, como eu tive
compaixão de ti?

Há um paralelo entre a tua relação com os outros
e a tua relação com Deus.
As barreiras para que Deus nos ame
são postas por nós,
quando recusamos amar o irmão.
O muro que se ergue entre nós e Deus
surge do muro que levantamos ao excluir o outro
do nosso amor.

Quando o nosso coração decai
e se torna deserto pedregoso e amargo,
Tu o transformas num oásis de alegria.
E no teu abraço libertador
aprende como é possível o benéfico
perdoar aos outros.

In Rezar na Quaresma