10 março 2012

Continuando a caminhar na Quaresma


A exemplo de anos anteriores vamos continuar em grupo a caminhar nesta Quaresma em direção à Páscoa do Senhor!
Peçamos ajuda a Maria, nossa Mãe do Céu, que nos guie nesta Caminhada e que como Ela saibamos também dizer o nosso Sim a este Senhor que nos ama com um Amor infinito.

Lucas 15, 1-3.11-32

«Tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos,
porque o teu irmão estava morto e voltou à vida....»

Nesta parábola do filho pródigo, na minha vida, há cenas que se repetem.
Há um pai que (nos) ama incondicionalmente.
Que ama tanto que só pode respeitar a liberdade do filho que recusa o seu amor.
E há a (minha) liberdade mal usada.
Que traz miséria, degradação, desespero.
E há o abraço terno deste Pai que (me) traz de novo à vida.
Que devolve rumo, dignidade e festa.


Quando os amigos me abandonam,
quando os meus sonhos se tornam cinza,
quando os amores arrefecem...
Tu estás sempre à minha espera,
de braços abertos,
com um sorriso que me devolve a vida.

Oração
Pai, coloca-me no caminho da vida, banindo todo  o egoísmo que me afasta de Ti, e não permitindo que eu jamais duvide de Teu amor.

Amigas de Caminhada:
 

Ailime
Fonte: Rezar na Quaresma (Edições Salesianas)
10.03.2012
Imagens: Felipa M. e Net

04 março 2012

Caminhando com Maria, na Quaresma

Mãe do Silêncio e da Humildade, tu vives perdida e encontrada
no mar sem fundo do Mistério do Senhor.
Tu és disponibilidade e receptividade.
Tu és fecundidade e plenitude.
Tu és atenção e solicitude pelos irmãos.
Estás revestida de fortaleza.

 Resplandecem em ti a maturidade humana
e a elegância espiritual.
És senhora de ti mesma antes de ser Nossa Senhora.
Em ti não existe dispersão.

 Em um acto de simples e total, tua alma, toda imóvel,
está paralisada e identificada com o Senhor.
Estás em Deus, e Deus em ti.
O Mistério total te envolve
e te penetra e te possui,
ocupa e entrega todo o teu ser.
 
Parece que em ti tudo ficou parado,
tudo se identificou contigo: o tempo, o espaço,
a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus.
Tudo ficou assumido em ti, e divinizado.

Jamais se viu figura humana de tamanha doçura,
nem se voltará a ver nesta terra
uma mulher tão inefavelmente evocadora.
Entretanto, teu silênco
não é a ausência mas presença.
 
Estás abismada no Senhor e, ao mesmo tempo,
atenta aos irmãos, como em Caná.
A comunicação nunca é tão profunda como
quando não se diz nada, e o silêncio
nunca é tão eloquente como quando nada se comunica.
 
Faze-nos compreender que o silêncio não é
desinteresse pelos irmãos, mas fonte
de energia e de irradiação,
não é encolhimento mas projecção.
Faze-nos compreender que,
para derramar, é preciso preencher-se.
Afoga-se o mundo no mar da dispersão,
e não é possível
amar os irmãos com um coração disperso.
Faze-nos compreender que o apostolado,
sem silêncio, é alienação, e que o silêncio,
sem apostolado, é comodidade.

 Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos
a fortaleza de tua FÉ, a altura de tua Esperança
e a profundidade de teu Amor.
Fica com os que ficam e vem com os que partem.

Ó Mãe Admirável do Silêncio!


Autor: Frei Inácio Larrañaga.

(Frei Ignácio Larrañaga (Azpeitia, Espanha, 1928) - o "Profeta da Oração", sacerdote capuchinho, é o fundador das Oficinas de Oração e Vida)

 Ailime
(Imagem da Net
04.03.2012