Semeio-os nas intempéries do ocaso
E refugio-me num beijo ao infinito,
Reconciliando em mim a quietude.
Em névoas e penumbras
Navego todo o meu sentir,
Idealizando alvas madrugadas
De alvoreceres mui tardios.
Abraço o anoitecer
De silêncio feito paz
E repouso o desalento,
Em sonhos tecidos de auroras.
Marés rebeldes me cingem,
Mares crespados me assolam;
Imagino a serenidade dos afectos
Mimando a minh’ alma inquieta.
Ailime, em 21.02.2009
(revisto em 22.02.2009)
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