A minha partilha do 5º Domingo da Quaresma:
Na liturgia do 5.º Domingo da Quaresma ecoa, com insistência, a preocupação de Deus em nos mostrar o caminho que conduz à Vida nova. Foi para isso que Deus nos enviou o seu Filho Jesus. Cumprindo a vontade do Pai, Jesus desenhou-nos e ofereceu-nos o mapa desse caminho.
O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a conhecer as suas propostas, a aprender com Ele, a identificarmo-nos com Ele, a segui-l’O no caminho do amor e da entrega da vida. O caminho da Cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a Vida verdadeira.
Referências Bíblicas
Jeremias 31, 31-34
Salmo 50 (51)
Hebreus 5, 7-9
Evangelho João 12, 20-33
Salmo 50 (51)Refrão: Dai-me, Senhor, um coração puro.
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.
Evangelho de São João 12, 20-33
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.
Naquele tempo,
alguns gregos que tinha vindo a Jerusalém
para adorar nos dias da festa,
foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia,
e fizeram-lhe este pedido:
«Senhor, nós queríamos ver Jesus».
Filipe foi dizê-lo a André;
e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus.
Jesus respondeu-lhes:
«Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.
Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só;
mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á,
e quem despreza a sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga,
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.
E se alguém Me servir, meu Pai o honrará.
Agora a minha alma está perturbada.
E que hei de dizer? Pai, salva-Me desta hora?
Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora.
Pai, glorifica o teu nome».
Veio então uma voz do céu que dizia:
«Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O».
A multidão que estava presente e ouvira
dizia ter sido um trovão.
Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou».
Disse Jesus:
«Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir;
foi por vossa causa.
Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado.
Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo.
E quando Eu for elevado da terra,
atrairei todos a Mim».
Falava deste modo,
para indicar de que morte ia morrer.
(A morte de Jesus na cruz constitui uma excelente chave de leitura para entender a sua vida e o seu projeto. Desde o momento da sua incarnação, Jesus pôs a sua vida ao serviço do plano salvador do Pai. Recusou qualquer projeto pessoal de triunfo e de glória humana, para abraçar o plano de Deus para o mundo e para os homens. Andou por todo o lado – desde a Galileia até Jerusalém – a propor o Reino de Deus; sem se resguardar, enfrentou o sistema opressor que mantinha os homens escravos; denunciou, em nome de Deus, as leis e os comportamentos que eram geradores de sofrimento e morte. )
Para a semana que segue
Redescobrir a “caridade”… A palavra “caridade”, por vezes, parece não ter muito sentido hoje, devido a deformações e incompreensões da própria palavra. A encíclica de Bento XVI “Deus é caridade” ajuda-nos a recuperar o seu sentido genuíno. É preciso redescobrir o verdadeiro sentido evangélico e amar os nossos irmãos: pela escuta, pelo serviço, pela partilha, pela atenção aos mais pobres! Ao longo desta semana, procuremos gestos concretos para praticar a caridade!
Desejo-vos um bom domingo
e continuação de santa Quaresma.
Emília Simões
Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos
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