A minha partilha deste fim de semana:
A liturgia deste 3º Domingo do Tempo Pascal recorda-nos que a comunidade cristã tem por missão testemunhar e concretizar o projeto libertador que Jesus iniciou; e que Jesus, vivo e ressuscitado, acompanhará sempre a sua Igreja em missão, vivificando-a com a sua presença e orientando-a com a sua Palavra.
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O Evangelho apresenta os discípulos em missão, continuando o projeto libertador de Jesus; mas avisa que a ação dos discípulos só será coroada de êxito se eles souberem reconhecer o Ressuscitado junto deles e se deixarem guiar pela sua Palavra.
Atos dos Apóstolos 5,27b-32.40b-41
Salmo 29 (30)
Apocalipse 5,11-14
Evangelho João 21,1-19
Refrão 2: Aleluia.
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer à cova.
Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos,
junto do mar de Tiberíades.
Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo,
Natanael, que era de Caná da Galileia,
os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar».
Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo».
Saíram de casa e subiram para o barco,
mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem,
mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes Jesus:
«Rapazes, tendes alguma coisa de comer?»
Eles responderam: «Não».
Disse-lhes Jesus:
«Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis».
Eles lançaram a rede
e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
O discípulo predileto de Jesus disse a Pedro:
«É o Senhor».
Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor,
vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos,
que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem,
vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
Quando saltaram em terra,
viram brasas acesas com peixe em cima, e pão.
Disse-lhes Jesus:
«Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco
e puxou a rede para terra,
cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes;
e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus: «Vinde comer».
Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe:
«Quem és Tu?»,
porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com os peixes.
Esta foi a terceira vez
que Jesus Se manifestou aos seus discípulos,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de comerem,
Jesus perguntou a Simão Pedro:
«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?»
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?»
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?»
Pedro entristeceu-se
por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava
e respondeu-Lhe:
«Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus:
«Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo:
Quando eras mais novo,
tu mesmo te cingias e andavas por onde querias;
mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá
e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o género de morte
com que Pedro havia de dar glória a Deus.
Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
(Concentrados no seu esforço inútil, os discípulos nem reconhecem Jesus quando Ele Se apresenta. O grupo está desorientado e dececionado pelo fracasso, posto em evidência pela pergunta de Jesus (“tendes alguma coisa de comer?”). Mas Jesus dá-lhes indicações e as redes enchem-se de peixes: o fruto deve-se à docilidade com que os discípulos seguem as indicações de Jesus. Acentua-se que o êxito da missão não se deve ao esforço humano, mas sim à presença viva e à Palavra do Senhor ressuscitado.)