Participando na BC do Aniversário do Blogue Espiritual Idade da querida amiga Rosélia a quem estou muito grata pelo convite para tomar parte desta festa tão especial partilho alguns excertos retirados do Livro “Se tu
soubesses o Dom de Deus” – Ensaio sobre Oração - do sacerdote Jesuíta Luís
Rocha e Mello.
Os toques (delicados)
de Deus
«O discernimento é a sabedoria interior que dá a entender a ação
de Deus no crente que ora, dizíamos: entendimento impossível ao homem natural,
mas possível a quem se deixa mover pelo Espírito de Deus.
Ora Deus nunca está ocioso na santificação daqueles a quem
ama: a sua ação é contínua, mesmo que não se dê por ela! A distinção feita
entre vida e experiência mística é importante para entender que Deus não se
esquece de quem ora, mesmo quando parte da sua vida é passada no chamado «silêncio
de Deus». A sua ação «é às vezes tão
subtil e delicada, sobretudo quando é mais pura…que a alma não consegue vê-la
nem a sente». Outras vezes, mais raramente, a presença e ação de Deus fazem-nos
experimentar através de «moções» (Santo Inácio) ou «toques divinos» (São João
da Cruz e Santo Inácio).
...
Numa primeira fase, os toques de Deus abrem na alma o apetite
para as coisas divinas;
Mais tarde ou mais
cedo, não se sabe quando, «é próprio de Deus dar verdadeira alegria e gozo
espiritual, tirando toda a tristeza e perturbação que o inimigo induz».
…
Os toques divinos deste jeito são portadores de luz e de
harmonia, de paz e quietude.
…
Mais do que os toques de Deus, em si mesmos, é importante o que
deles fica na alma: a unidade e a humildade, ou a paz que Jesus Cristo dá. Deixam
selo inconfundível: com a humildade, vai crescendo a serenidade, a paciência, a
fortaleza na fé e tudo o que diz respeito à caridade fraterna... Deixam marca de verdade que liberta, e criam personalidade unificada, capaz
de se esquecer de si e de se entregar no serviço dos outros. Se deixassem turbulência, vaidade, ou qualquer forma de desequilíbrio, não viriam de Deus.
Nada é definitivo, no entanto Deus atua e o processo está em curso, com alternâncias que
vão das consolações às noites escuras, necessárias também à santificação da
pessoa. A união com Deus, em Cristo ressuscitado, passa pela união com o Cristo
crucificado. Nada é definitivo, nesta vida, muito menos a luz que o homem sente
na alma; mas o que fica dessa luz pode chamar-se definitivo, se não houver
mudança de rumo; pois o que o Senhor dá não o tira!»
Esta é a minha participação!
Parabéns, Rosélia, pelo 5º Aniversário do Espiritual Idade desejando que continue o seu trabalho evangelizador que tanto me tem ajudado a crescer na Fé! Bem-haja!
Abraços fraternos
Ailime