A minha rota é apenas um caminho que pretendo continuar a trilhar com Confiança e Esperança no Senhor que me criou e fez os Céus e a Terra...
12 março 2011
Tsunami no Japão
Desde sempre que gosto de ler os salmos. São cânticos religiosos muito belos e todos eles contêm uma elevada espiritualidade que só Deus pode ter inspirado quem os compôs.
Este é um salmo de súplica com o qual se procura uma maior proximidade com o Deus da Vida e que partilho com todos vós a pensar em todos os nossos irmãos do Japão que neste momento estão a atravessar por momentos dolorosos e que precisam muito da nossa oração.
«Como suspira a corça pelas correntes das águas,
assim a minha alma suspira por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
Quando poderei contemplar a face de Deus?
Dia e noite as lágrimas são o meu alimento,
porque a toda a hora me perguntam:
«Onde está o teu Deus?»
A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para a Casa do Senhor,
entre vozes de alegria e de louvor
da multidão em festa.
Por que estás triste, minha alma, e por que te perturbas?
Confia em Deus: ainda o hei-de louvar.
Ele é o meu Deus e o meu salvador.
A minha alma está abatida
Por isso, penso muito em ti,
desde as terras do Jordão e dos montes Hermon e Miçar.
De abismo em abismo ressoa
o fragor das águas revoltas;
as tuas vagas e torrentes passaram sobre mim.
Durante o dia, o SENHOR há-de enviar-me os seus favores,
para que eu reze e cante, à noite, ao Deus que me dá vida.
Quero dizer a Deus: «Tu és o meu protector,
por que te esqueces de mim?
Por que hei-de andar triste sob a opressão do inimigo?»
Quebram-se os meus ossos,
quando os inimigos me insultam
e repetem a toda a hora:
«Onde está o teu Deus?»
Por que estás triste, minha alma, e por que te perturbas?
Confia em Deus: ainda o hei-de louvar.
Ele é o meu Deus e o meu salvador.»
In: Bíblia Sagrada (Bíblia dos Capuchinhos)
Imagens cedidas gentilmente pela Net
Ailime
12.03.2011
09 março 2011
Quarta-Feira de Cinzas
Hoje, Quarta-Feira de Cinzas, os cristãos iniciam o seu Tempo Quaresmal, tempo litúrgico de grande intensidade espiritual.
Com a imposição das cinzas, inicia-se um tempo particularmente relevante para todo o cristão que pretende preparar-se dignamente para viver o Mistério Pascal, ou seja, a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Este tempo intenso do Ano litúrgico caracteriza-se pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "Convertei-vos". Este dever é proposto aos fiéis mediante o rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a reflectir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A cerimónia das cinzas eleva as nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus: princípio e fim, alfa e ómega da nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz imperecível da Sua Verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais límpida do facto de que estamos de passagem sobre a terra e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até ao final, a fim de que o Reino de Deus se instale em nós e triunfe na sua justiça.
Sinónimo de "conversão", é mesmo a palavra "penitência" … Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão livre no objectivo no seguimento de Cristo.
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa. Tal só dava com efeito 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para se comparar ao jejum de Jesus no deserto. Era costume em Roma que os praticantes começassem a sua penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reconciliassem com a Igreja na Quinta – ou a Sexta-Feira Santa antes da Páscoa.
Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da época penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando-se cinzas nas cabeças de toda a assembleia, tornando-se prática comum até aos dias de hoje.
Imagem cedida pela Net
Ailime
09.03.2011
Etiquetas:
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