Olho pela janela da sala onde me encontro neste momento e os meus olhos já não descansam no verde da acácia, que com a sua majestosa sombra protegia este espaço do calor intenso nos dias de estio mais rigoroso. Parecia uma cortina verde, enorme, a proteger-nos e a envolver-nos, como se estivéssemos em plena floresta!
O próximo Inverno também vai ser diferente sem a acácia que eu tanto amava, que depois de uma boa chuvada, ficava linda, com as suas pequenas flores amarelas, que pareciam estrelinhas a brilhar, por entre as ramagens ainda molhadas pelas gotas de água da chuva, acabada de cair.
O próximo Inverno também vai ser diferente sem a acácia que eu tanto amava, que depois de uma boa chuvada, ficava linda, com as suas pequenas flores amarelas, que pareciam estrelinhas a brilhar, por entre as ramagens ainda molhadas pelas gotas de água da chuva, acabada de cair.
Sim, junto à minha casa existia uma acácia, um pinheiro manso e uma nespereira.
Isto pode parecer estranho, mas é a pura verdade!
Tinham sido plantadas há cerca de trinta anos em“dias mundiais da árvore”, com muito carinho, por grupos de casais vizinhos que com seus filhos, muito pequeninos à época, se juntavam nesses dias, para dessa forma os sensibilizarem da importância da plantação de árvores para preservar o meio ambiente e também contribuir para o alindamento da paisagem envolvente, um pouco inóspita à época.
Assim, no nosso pequeno jardim, fui vendo crescer o pinheiro, a acácia e a nespereira!
A acácia e o pinheiro tiveram um triste fim.
Tinham sido plantadas há cerca de trinta anos em“dias mundiais da árvore”, com muito carinho, por grupos de casais vizinhos que com seus filhos, muito pequeninos à época, se juntavam nesses dias, para dessa forma os sensibilizarem da importância da plantação de árvores para preservar o meio ambiente e também contribuir para o alindamento da paisagem envolvente, um pouco inóspita à época.
Assim, no nosso pequeno jardim, fui vendo crescer o pinheiro, a acácia e a nespereira!
A acácia e o pinheiro tiveram um triste fim.
Alguém achou que as árvores estavam a prejudicar este local e que o prédio de habitação poderia ter problemas causados pelas suas raízes!
E vai daí há cerca de dois meses cortaram a acácia e o pinheiro manso. Restou a nespereira para nosso consolo!
Agora poderão imaginar como ficou este espaço…como ficou a minha alma!
Todos os dias quando passo ao lado do grande cepo da acácia sinto uma enorme angústia invadir todo o meu ser!
E a minha alma grita: - como foi isto possível ?
Sim, foi possível e aconteceu numa vila dos arredores de Lisboa, em pleno século XXI.
Agora, a acácia como que querendo renascer, quem sabe talvez resistir, brota rebentos por todo o lado.
E vai daí há cerca de dois meses cortaram a acácia e o pinheiro manso. Restou a nespereira para nosso consolo!
Agora poderão imaginar como ficou este espaço…como ficou a minha alma!
Todos os dias quando passo ao lado do grande cepo da acácia sinto uma enorme angústia invadir todo o meu ser!
E a minha alma grita: - como foi isto possível ?
Sim, foi possível e aconteceu numa vila dos arredores de Lisboa, em pleno século XXI.
Agora, a acácia como que querendo renascer, quem sabe talvez resistir, brota rebentos por todo o lado.
Ainda não sei o desfecho desta mutilação...
...mas que a acácia chorou, chorou.
Ailime, 30 de Agosto de 2008
Ailime, 30 de Agosto de 2008
Querida M. deixo-te este poema q descobri, da eterna Florbela Espanca (in Charneca em Flor):
ResponderEliminar"Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vêde:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!"
Beijinhos grandes
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOlha, Soninha, nem sei que te diga!
ResponderEliminarNão conhecia este poema da Floberla,mas na verdade...´"Arvores não choreis" "tb ando a gritar morta de sede, pedindo a Deus a minha gota de água"!
Lindo, Sónia, adorei.
Muito obrigada.
Um grande beijinho
da tua sempre M.
È muito triste, quando deveríamos preservar a natureza,
ResponderEliminarEntão no meio de amontoado de cimento , que são
As casas na cidade, como alguém pede fazer algo assim,
As arvores choram, nós choramos, mas mesmo decepadas as arvores continuam a lutar pela sobrevivência através das raízes, que consigam geminar
Fecham-se as janelas de poente
ResponderEliminarAcenderam-se os luzeiros no céu
A cidade desperta para o arraial
Uma noiva procura o perdido véu
Os acordes da Banda no Coreto
Uma tuba marca o compasso
O clarinete dança na calmaria
O Maestro solta gestos no espaço
Bom fim de semana
Mágico beijo
Obrigado...foi uma felicidade ter-te encontrado...
ResponderEliminarDoce beijo
ola amiga un gran abrazo obrigado muito por pasar por mi blog cada mensaje tuyo es hermoso y demuestra una gran sinceridad y amistad estoy muy feliz por tener una amiga como tu.....
ResponderEliminarobrigada muito Ailime.
PD:poco a poco aprendere mas palabras en portugues.ya veras jijiji
Muito obrigada.
Um beijinho grande
Bom fim de semana
Ela está a resistir...
ResponderEliminarVamos ver. Destroem a natureza, depois andam a chorar por ela...
beijos em Cristo e Maria
Quando a natureza chora, é porque tem a raça humana perto!
ResponderEliminarBeijos
Oh, Maravilhosa Amiga:
ResponderEliminarQue belo texto escreveu com as suas mãos puras de ouro.
Sensível. Deslumbrante. Doce. Pleno de encanto e terna beleza.
"...E vai daí há cerca de dois meses cortaram a acácia e o pinheiro manso. Restou a nespereira para nosso consolo!
Agora poderão imaginar como ficou este espaço…como ficou a minha alma!
Todos os dias quando passo ao lado do grande cepo da acácia sinto uma enorme angústia invadir todo o meu ser!..."
Quando a acácia chorou, eu chorei também pela beleza, ternura e carinho de possuir uma amiga assim.
Adorei muito, acredite? É sincero.
Lindo de enternecer.
Quem fez isto às árvores não devia existir.
Um Post maravilhoso feito por uma pessoa maravilhosa.
Beijinhos, sim, amiga?
Sempre a considerar a sua genial escrita e os sentimentos puros e belos que nela habitam.
OBRIGADO por este momento fantástico transcendente que faz adorar o seu terno sentir e ser.
pena
Brilhante atitude, amiga!
Que bela parabola sobre os tempos modernos e o que fazemos à natureza, às nossas raizes...
ResponderEliminarGostei muito deste texto. Não só muito bem escrito e poético, mas também muito subtil, inteligente e profundo.
Magnifico. Parabéns
Multiolhares,
ResponderEliminarGrata pelas palavras de solidariedade, mas como muito bem diz, no meio deste cimento todo, todo o verde é pouco para amenizar a paisagem, ainda por cima decepar...
Enfim, ainda há pessoas que pensam e agem desta forma!
Um beijinho com amizade.
O Profeta,
Bem-haja pelo excerto do seu belo poema e palavras de simpatia.
Um abraço.
Irene,amiga de Venezuela,
Muito obrigada pelas palavras tão gentis que deixaste no meu cantinho e só peço a Deus que vos dê a graça de curar o vosso filho, Nestor.
Um beijinho muito grande para ti, Nestor, tuas princesitas e teu esposo.
Que Deus vos abençoe.
P.S.
Como escrevi no teu "Blog" o teu português está perfeito. Obrigada por isso e pela tua amizade.
Maria João,
Grata pelo teu comentário. Sim, esta árvore está a tentar resisitir...
Talvez um dia quem a mandou cortar e quem autorizou, consigam reflectir no acto que praticaram.
Não sei...
Beijinhos.
Martha Thorman Von Maders,
Sim é verdade, elas vão crescendo connosco e passam a ser parte integrante de nós.
Bem-haja.
Um beijo.
Amigo Pena,
Não sei como agradecer o comentário tão generoso, que teceu ao modo como descrevi esta história real, que tanto me continua a angustiar...
Agradeço do fundo meu coração as palavras belas que me dirigiu.
Bem-haja também pela solidariedade.
No fundo eu sou uma pessoa absolutamente comum, embora muito sensível...
Um beijinho de gratidão, com muita amizade.
Com Senso,
ResponderEliminarQue agradável surpresa a sua visita!
Fico-lhe muito grata pelas palavras tão amáveis que me dirigiu sobre este meu texto.
Simplesmente deixei o meu coração falar sobre um facto que me corroeu…
Bem-haja pela sua generosidade.
Um abraço.
Que pena!!! Também me entristece demais, ver uma árvore ser cortada...
ResponderEliminarInfelizmente, hoje a maioria das pessoas acha que árvores oferecem perigo de galhos rachados, derrubam muitas folhas...Por aí!
Bela homenagem às "suas árvores"!
Beijos de luz e todo o meu carinho...
Maravilhosa Amiga:
ResponderEliminarJá comentei.
OBRIGADO pela visita e pelas palavras repletas de simpatia expressas aqui e lá.
Bem-Haja, amiga!
Tudo de maravilhoso.
OBRIGADO sentido e sincero.
Beijinhos agradecidos
pena
Dei uma passadinha, beijos, apareça.
ResponderEliminarNespereira? Esperemos que a não detruam também...
ResponderEliminarFique bem.
Obrigado pela visita.
ResponderEliminarEstou de férias,por isso não me posso demorar..
Beijo
Também não entendo a facilidade com que se abatem árvores neste país. Compreendo a tua tristeza.
ResponderEliminarUm beijo.
Onde acaba a terra e começa o Mar
ResponderEliminarHá um lugar onde vive a ilusão
Repousa na madrepérola das conchas
Com a forma de um coração
Onde as giestas se agarram à areia
Onde as pedras têm diadema de algas
Onde o Mar conta histórias longínquas
Onde as vagas soltam distantes mágoas
Bom fim de semana
Mágico beijo