02 fevereiro 2019

4º Domingo do Tempo Comum

«O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”»
.
Hino à Caridade

 1 Cor 12,31-13,13 
 Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios 
Irmãos: 

Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados. 
Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo: 
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, 
se não tiver caridade, 
sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine. 
Ainda que eu tenha o dom da profecia 
e conheça todos os mistérios e toda a ciência, 
ainda que eu possua a plenitude da fé, 
a ponto de transportar montanhas, 
se não tiver caridade, nada sou. 
Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos 
e entregue o meu corpo para ser queimado, 
se não tiver caridade, de nada me aproveita. 
A caridade é paciente, a caridade é benigna; 
não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; 
não é inconveniente, não procura o próprio interesse; 
não se irrita, não guarda ressentimento; 
não se alegra com a injustiça, 
mas alegra-se com a verdade; 
tudo desculpa, tudo crê, 
tudo espera, tudo suporta. 
O dom da profecia acabará, 
o dom das línguas há-de cessar, 
a ciência desaparecerá; 
mas a caridade não acaba nunca. 
De maneira imperfeita conhecemos, 
de maneira imperfeita profetizamos. 
Mas quando vier o que é perfeito, 
o que é imperfeito desaparecerá. 
Quando eu era criança, falava como criança, 
sentia como criança e pensava como criança. 
Mas quando me fiz homem, deixei o que era infantil. 
Agora vemos como num espelho e de maneira confusa, 
depois, veremos face a face. 
Agora, conheço de maneira imperfeita, 
depois, conhecerei como sou conhecido. 
Agora permanecem estas três coisas: 
a fé, a esperança e a caridade; 
mas a maior de todas é a caridade. 


Salmo 70 (71) 
Refrão: A minha boca proclamará a vossa salvação. 

Em Vós, Senhor, me refugio, 

jamais serei confundido. 
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me, 
prestai ouvidos e libertai-me. 

Sede para mim um refúgio seguro, 

a fortaleza da minha salvação. 
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio: 
meu Deus, salvai-me do pecador. 

Sois Vós, Senhor, a minha esperança, 

a minha confiança desde a juventude. 
Desde o nascimento Vós me sustentais, 
desde o seio materno sois o meu protector. 

A minha boca proclamará a vossa justiça, 

dia após dia a vossa infinita salvação. 
Desde a juventude Vós me ensinais 
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios. 



Evangelho de Lucas 4,21-30 

Naquele tempo, 
Jesus começou a falar na sinagoga de Nazaré, dizendo: 

«Cumpriu-se hoje mesmo 
esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». 
Todos davam testemunho em seu favor 
e se admiravam das palavras cheias de graça 
que saíam da sua boca. 
E perguntavam: «Não é este o filho de José?» 
Jesus disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: 
‘Médico, cura-te a ti mesmo’. 
Faz também aqui na tua terra 
o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». 
E acrescentou: «Em verdade vos digo: 
Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. 
Em verdade vos digo 
que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, 
quando o céu se fechou durante três anos e seis meses 
e houve uma grande fome em toda a terra; 
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, 
mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. 
Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; 
contudo, nenhum deles foi curado, 
mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, 
todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se,
 expulsaram Jesus da cidade 
levaram-n’O até ao cimo da colina 
sobre a qual a cidade estava edificada, 
a fim de O precipitarem dali abaixo. 
Mas Jesus, passando pelo meio deles, 
seguiu o seu caminho. 


PALAVRA PARA O CAMINHO…

No hino de Paulo que lemos neste domingo e que é uma das suas páginas mais célebres, o apóstolo indica-nos “um caminho superior a todos os outros”: não o caminho do amor-paixão, não o caminho do amor-amizade, mas o caminho do amor-caridade: o caminho da agapè. E para falar deste amor, em vez de dar definições, ele mostra-o em acção e utiliza 15 verbos: ter paciência, servir, não invejar, não se vangloriar, não se orgulhar, etc. Este hino eleva-nos, inflama-nos… mas proíbe-nos de sonhar: estes 15 verbos são verbos para a acção! Uma sugestão: reler este texto, substituindo “caridade” por “Cristo”. A agapè é Cristo que ama em nós!


Com o meu abraço na paz da Cristo.
Ailime

Imagens Google

4 comentários:

  1. ´Maravilhosa liturgia...Pensar no caminho, na caridade que podemos ter nele e durante todo ele... Belo salmo também! Lindo domingo! beijos, tudo de bom,chica

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  2. O caminho sobremodo excelente é lindo!... Bonita postagem...
    Bom domingo, querida Ailime... Caminhemos no AMOR diariamente...
    Beijinho

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  3. DIVINO:))

    O nosso amigo Gil António, diz :- Nuvens que me lembram os beijos teus.

    Bjos
    Votos de uma óptima Noite.

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«Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.»
(João 14:6)
Muito obrigada por me ajudar a caminhar com Cristo!
Ailime