A minha rota é apenas um caminho que pretendo continuar a trilhar com Confiança e Esperança no Senhor que me criou e fez os Céus e a Terra...
25 dezembro 2008
Já Nasceu...JESUS, O nosso SALVADOR
Veio de novo ao nosso encontro completamente despojado, o nosso Deus que se humanizou, para nos ensinar pela PALAVRA de Seu Filho, o que é a fraternidade, a justiça e a paz!
Neste dia de em que festejamos o Seu Nascimento, eu peço-Lhe humildemente que me ajude a limar o meu orgulho, os meus preconceitos, todas as minhas limitações em favor de quantos me rodeiam.
Dou-Lhe imensas graças pelas maravilhas que tem operado na minha vida.
Que Jesus a todos guie e ilumine.
http://www.youtube.com/watch?v=_u3RvSRR-Eg
18 dezembro 2008
FELIZ NATAL
(Agnes M. Pharo)
07 dezembro 2008
Partilha
Este tema é um comentário de S. Agostinho ao Salmo nº 84 (85).
“Pratica a justiça e encontrarás a paz, para que se abracem a paz e a justiça. Se não amares a justiça, não encontrarás a paz. A justiça e a paz amam-se uma à outra, e abraçam-se. Quem pratica a justiça encontra a paz que abraça a justiça. São duas amigas.
Talvez queiras uma, mas não praticas a outra. Não há quem não queira a paz, mas nem todos querem praticar a justiça. Interroga os homens todos: queres a paz? Com uma só voz te responderá todo o género humano: sonho com ela, desejo-a, quero-a, amo-a. Ama também a justiça, porque a justiça e a paz são duas amigas e abraçam-se. Se não amares a amiga da paz, a própria paz não te amará e não virá a ti.
Não é difícil amar a paz. Qualquer perverso a deseja, porque a paz é uma coisa boa. Mas pratica igualmente a justiça, porque a justiça e a paz não se combatem uma à outra, mas abraçam-se. Porque entras em litígio com a justiça? Ela diz-te: não roubes, e tu não escutas; não cometas deslealdades e tu não queres ouvir; não faças a outrem o que não queres que te façam a ti; não fales a um outro como não gostarias que te falassem a ti.
És inimigo da minha amiga, diz a paz: porque me procuras? Sou amiga da justiça, e quando encontro um inimigo da minha amiga, não me aproximo dele. Queres encontrar a paz? Pratica a justiça e não a procurarás muito tempo, porque ela virá a correr para ti, a fim de abraçar essa amiga”.
30 novembro 2008
Por amor
quando uma flor cai por amor
é porque na sombra dessa terra
nasce uma flor que será mais forte.
No silêncio de um fundo cala-se a palavra,
como na pintura que se apoia em nada falas Tu.
Calas-te e sentes palpitar,
amas e sentes o infinito
sofres, anulas a dor,
sapiência que nasce do amor.
No silêncio de um fundo calas-te,
como na pintura que se apoia em nada falas Tu.
“In: Livro de Cânticos da Igreja Paroquial
de A.M.M.M.”
23 novembro 2008
Solenidade de Cristo Rei
Deixo para nossa reflexão o resumo das leituras deste domingo.
Estas leituras falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei). Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir.
A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo.
A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus.
Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse “Reino de Deus” de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-Se-á em tudo e actuará como Senhor de todas as coisas."
In "Agência Ecclesia"
Imagens obtida na Net
16 novembro 2008
A magia do Outono
Quando passo tento não as pisar, porque ainda recordo nelas toda a exuberância do viço que brotavam, quando nos dias quentes de Verão nos refrescavam com as suas majestosas sombras.
O Outono é uma estação mágica! Tem cores e cheiros que nos envolvem e nos preparam para receber o tempo frio que nos faz recolher em nós!
Já se pressente o tempo de Inverno embora um sol agradável teime amorosamente em nos afagar.
Este tempo lembra-me a minha infância onde não havia plátanos, mas onde uma enorme lareira em casa dos meus avós já crepitava e onde eu e as minhas duas irmãs nos gostávamos de “enroscar”, ouvindo histórias e observando o movimento das labaredas, para mim fascinante! Volta e meia lá estalava um pauzinho que até fazia lembrar um pequeno fogo de artifício.
Eram uma festa, aqueles serões em casa dos avós, onde docemente íamos adormecendo aquecidas pelo calor da lareira e pela ternura que nos envolvia.
Ouço um pequeno ruído a bater na janela da sala onde me encontro e reparo que algumas gotas de chuva começam a cair!
É o Inverno que se faz anunciar! Daqui a um mês será Natal.
Uma vida nova vai florir.
Lá fora as folhas dos plátanos continuam a cair empurradas pelo forte vento que teima em ficar.
09 novembro 2008
Quero falar-Te
Dos que vivem sós e sem esperança,
Dos tristes e desprezados,
Dos que já não sabem sorrir.
Hoje, Senhor, quero falar-Te
Dos jovens atormentados
Por sonhos arquitectados
E com suas vidas suspensas.
Hoje, Senhor, quero falar-Te
Das crianças e desalojados,
Vítimas de guerras infindas,
Na desumanidade que impera.
Hoje, Senhor, quero falar-Te
Dos presos e perseguidos,
Tantas vezes inocentes,
Subjugados a prisões inúteis.
Hoje, Senhor, quero falar-Te
Sim, quero falar-te de tantas coisas,
Que apenas Te vou revelar:
Amo-Te Senhor.
Tenho confiança em Ti, Senhor.
Espero em Ti, Senhor!
Ailime
01 novembro 2008
Comemoração do Dia de Todos os Santos
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
In "Agencia Ecclesia-Igreja Católica em Portugal
Imagem obtida na Net
25 outubro 2008
Entardecer
Com as árvores desnudadas
Nos campos dourados que habitam
Em mim, contigo a meu lado.
O banco do jardim, deserto de sonhos,
Aguarda nossos corpos cansados
Para nele repousarmos
As dores, do amor idealizado.
Um pássaro esvoaça e assusta-se,
Com as bengalas do tempo com
Que arrastamos as migalhas
Dos sonhos, que não abraçámos.
19 outubro 2008
A solidão dos idosos
11 outubro 2008
Outubro, Mês Missionário
Agnes foi enviada pela congregação de Loreto para a Índia e chegou a Calcutá no dia 6 de Janeiro de 1929.
No dia 10 de Setembro de 1946, no comboio que a conduzia de Calcutá para Darjeeling, Madre Teresa recebeu aquilo que ela chamou “a chamada na chamada”, que teria feito nascer a família dos Missionários da Caridade.
Ao longo dos anos 50 e no início dos anos 60, Madre Teresa estendeu a obra das Missionárias da Caridade tanto em Calcutá, como em toda a Índia. Considerada a missionária do século XX concretizou o projecto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade" partiu em direcção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres. Foi-lhe atribuído em 1979 o Prémio Nobel da Paz.
Depois de uma vida de total entrega aos pobres e doentes por várias partes do globo, faleceu em 05 de Setembro de 1997, em Calcutá.
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.
O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em acção, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa.
É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.
Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão.
Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.
A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.
Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
O que eu faço é simples: ponho pão nas mesas e compartilho.
O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.
Citações de: Madre Teresa de Calcutá
(Obtidas na net)
05 outubro 2008
Domingo, dia do Senhor!
Pequena introdução:
Bento XVI proclamou um “Ano Paulino”, para celebrar os 2000 anos do nascimento de São Paulo, com início na Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo a 29 de Junho de 2008 e a terminar um ano depois.
S. Paulo, um apóstolo diferente, que chegou a perseguir os Cristãos, converteu-se após o encontro com Cristo Ressuscitado, passando o resto da sua vida a proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pode-se dizer que de todos os apóstolos, foi aquele que mais contribuiu para a fundação e expansão da Igreja e do cristianismo.
Carta de S. Paulo aos Filipenses, 4 (4-13)
"Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos! Que a vossa bondade seja notada por todos. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada. Apresentai a Deus todas as vossas necessidades através da oração e da súplica, em acção de graças. Então a paz de Deus, que ultrapassa toda a compreensão, guardará em Jesus Cristo os vossos corações e os vossos pensamentos.
Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, ou que de algum modo mereça louvor. Praticai tudo o que aprendestes e recebestes como herança, o que ouvistes e observastes em mim. Então o Deus da paz estará convosco.
Foi grande a minha alegria no Senhor, porque finalmente vi florescer de novo o vosso amor por mim. Na verdade, já tínheis esse interesse antes, mas faltava oportunidade para o demonstrar. Não digo isto por estar a passar privações, pois aprendi a arranjar-me em qualquer situação. Aprendi a viver na necessidade e na abundância; estou acostumado a toda e qualquer situação: viver saciado e passar fome, ter abundância e passar necessidade.
In “ Bíblia Sagrada”
28 setembro 2008
Vivo o meu país...
onde do alto de serranias avisto paisagens de belezas invulgares
e fico estupefacta, como foi possível, que muitos dos meus irmãos antepassados pudessem ter vivido nos socalcos por eles construídos naquelas montanhas, tendo como abrigo as suas humildes casas de pedra, isolados de todo um mundo, não muito longínquo mas que lhes era negado.
Ali nasciam, ali constituíam as suas famílias e ali trabalhavam para o sustento de todos!
Tinham a envolvê-los aqueles imensos horizontes com odor a solidão, a que se habituavam sem queixumes e de que modos se conformariam!
Para se deslocarem, percorrendo quilómetros e quilómetros, tinham apenas os seus pés doridos para, por entre declives e penhascos, encontrarem apenas um pouco do quase nada que lhes pudesse dar um pouco mais de sabor às suas vidas agrestes.
Continuo a minha viagem por entre as mesmas serranias, confortavelmente, desfrutando do que agora consideramos todos uma verdadeira maravilha, por entre o imponente arvoredo (algum, entretanto, fustigado pelas chamas do fogo invasor) e não me sai da cabeça, como seria difícil o dia a dia de todas aquelas pessoas, vivendo como que alcandoradas nas vertentes das suas vidas!
Seriam pessoas de muita fé, pois aqui e ali vêem-se pequenas igrejas onde, em romaria, pediriam ao Pai do Céu que os ajudasse a transportar as suas cruzes e os protegesse de todos os males que por desventura os assolassem!
E, assim foram vivendo, sabe-se lá como, gerações e gerações de almas, até há muito poucos anos atrás!
E, isto dói-me.
Dói-me muito, porque em muitos outros locais do meu país a maioria das pessoas vivia pobremente e também isolada do “resto do mundo”.
Mas, este outro mundo, que tento descrever agora, que nos últimos dias me deslumbrou com todo o seu encanto ímpar, situa-se bem no centro do meu país, não muito distante de cidades de cultura e saberes e de outras onde o desenvolvimento coexistia!
Ailime
27.09.2008
20 setembro 2008
Vento Suão
Ondulantes dos sonhos
Que um dia inventei
A aragem seca do vento suão
Paralisa-me os movimentos
E não consigo deter-te
Chamo-te, mas a voz sufocada
Tarda em sair e
O vento suão já serenou
Olho as searas ondulantes
Dos sonhos que um dia inventei
E não te vislumbro
Quero correr, gritar, agarrar-te
Mas o vento suão voltou
E desfez a seara ondulante...
Dos sonhos que um dia inventei
Ailime, 19.09.2008
13 setembro 2008
A Parábola do semeador
Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear.
Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.
Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta.
“Aquele que tiver ouvidos, oiça!”
Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Por que lhes falas em parábolas?»
Respondendo, disse-lhes: «A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado.
Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender.
Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis.
Porque o coração deste povo tornou-se duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar.
Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.»
Do: Evangelho, segundo S. Mateus, 13
In Bíblia Sagrada
07 setembro 2008
Os jovens e a missão
Pois vieste como terna brisa
pela madrugada.
Acordei e embalei-me no
vento em que não me prendias.
E sorrindo entreguei-Te a
vontade de todos os dias.
De repente a jangada cresceu
e tornou-se cidade,
Já pequena demais para
acolher a gente que a invade.
Nas mãos sentimos
Teu fogo abrasar corações.
Tua palavra é esperança que em nós
se transforma em canções.
Tu me embalas quando me persegues
E me impeles mesmo
enquanto me recebes.
Tu me embalas no que me concedes
E me guias para onde me precedes.
Já não posso tranquilo dormir
nem parar um momento.
No caminho impossível demais,
se vai contra o Teu vento.
No Teu mar aprendi que ser
rico é dar o que sou,
Pois recebo o que dou,
se me entrego no que em mim ficou”.
Autor: Desconhecido
Publicado “in Livro de Cânticos da Igreja Paroquial de
A.M.M.M.
30 agosto 2008
O choro da acácia
O próximo Inverno também vai ser diferente sem a acácia que eu tanto amava, que depois de uma boa chuvada, ficava linda, com as suas pequenas flores amarelas, que pareciam estrelinhas a brilhar, por entre as ramagens ainda molhadas pelas gotas de água da chuva, acabada de cair.
Tinham sido plantadas há cerca de trinta anos em“dias mundiais da árvore”, com muito carinho, por grupos de casais vizinhos que com seus filhos, muito pequeninos à época, se juntavam nesses dias, para dessa forma os sensibilizarem da importância da plantação de árvores para preservar o meio ambiente e também contribuir para o alindamento da paisagem envolvente, um pouco inóspita à época.
Assim, no nosso pequeno jardim, fui vendo crescer o pinheiro, a acácia e a nespereira!
A acácia e o pinheiro tiveram um triste fim.
E vai daí há cerca de dois meses cortaram a acácia e o pinheiro manso. Restou a nespereira para nosso consolo!
Agora poderão imaginar como ficou este espaço…como ficou a minha alma!
Todos os dias quando passo ao lado do grande cepo da acácia sinto uma enorme angústia invadir todo o meu ser!
E a minha alma grita: - como foi isto possível ?
Sim, foi possível e aconteceu numa vila dos arredores de Lisboa, em pleno século XXI.
Agora, a acácia como que querendo renascer, quem sabe talvez resistir, brota rebentos por todo o lado.
Ailime, 30 de Agosto de 2008
23 agosto 2008
A minha reflexão para este Domingo
"Para chegares a saborear tudo,
não queiras ter gosto em coisa alguma.
Para chegares a possuir tudo,
não queiras possuir coisa alguma.
Para chegares a ser tudo,
não queiras ser coisa alguma.
Para chegares a saber tudo,
não queiras saber coisa alguma.
Para chegares ao que não gostas,
hás-de ir por onde não gostas.
Para chegares ao que não sabes,
hás-de ir por onde não sabes.
Para vires ao que não possuis,
hás-de ir por onde não possuis.
Para chegares ao que não és,
hás-de ir por onde não és.
Modo de não impedir o tudo:
Quando reparas em alguma coisa,
deixas de arrojar-te ao tudo.
Porque para vir de todo ao tudo,
hás-de negar-te de todo em tudo.
E quando vieres a tudo ter,
hás-de tê-lo sem nada querer.
Porque se queres ter alguma coisa em tudo,
não tens puramente em Deus teu tesouro. "
livro "O Amor não cansa nem se cansa" .
19 agosto 2008
Esboço de vida
nas pedras e areias das margens
dos rios, por mim inventados.
Ouço o suave bater das águas,
no entardecer do Outono,
em que vivo o avançar da idade.
O crepúsculo acerca-se
e, mansamente
vai-se instalando em mim.
Tento libertar-me e corro
desenfreada, pelas margens dos rios,
por mim inventados.
E, sob o sol ainda ardente,
teimo em aprisionar os raios da luz,
que ainda me cingem a Ti.
15 agosto 2008
O Céu
"O céu colabora na nossa vida íntima, vive connosco, acompanha-nos na mudança do nosso ser; é um confidente, é um consolador; invoca-se, fala-se-lhe. Olhar o céu é, nos nossos climas, uma ocasião de viver: instintivamente, voltamos para ele os nossos olhos. O poeta meridional, cheio de imagens e de cores, contempla-o; o burguês trivial admira-o; pela manhã, abre-se a janela e vai-se ver o céu! É um íntimo sempre presente na nossa vida; o nosso estado depende dele: enevoado, entristece-nos; claro e lúcido, alegra-nos; cheio de nuvens eléctricas, enerva-nos. É no Céu que vemos Deus... E mesmo despovoado de deuses, é ainda para o homem o lugar donde ele tira força, consolação e esperança. A paisagem é feita por ele, a arte imita-o, os poetas cantam-no. "
De: Eça de Queirós, in "O Egipto"
10 agosto 2008
A Descoberta de Deus...
02 agosto 2008
Tempos...
Estão rígidos de dor
Olho os jovens, com o “mouse”
Bem colado em suas mãos
E penso como é breve
O tempo que nos separa
Em seus rostos me revejo
Com seus semblantes tristonhos
Num frenesim de desdita
E num mundo sem sonhos
E o que outrora era prazer
Agora tornou-se rotina
Na violência imposta
Pelos donos do poder
27 julho 2008
A Pérola (...porque hoje é Domingo)
"- O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.
- O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola.
-O Reino do Céu é ainda como uma rede que é jogada no lago. Ela apanha peixes de todos os tipos. E, quando está cheia, os pescadores a arrastam para a praia e sentam para separar os peixes: os que prestam são postos dentro dos cestos, e os que não prestam são jogados fora.
No fim dos tempos também será assim: os anjos sairão, e separarão as pessoas más das boas, e jogarão as pessoas más na fornalha de fogo. E ali elas vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então Jesus perguntou aos discípulos:
- Vocês entenderam essas coisas? - Sim! - responderam eles. Jesus disse: - Pois isso quer dizer que todo mestre da Lei que se torna discípulo no Reino do Céu é como um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas. "
"Do Evangelho Mt 13, 44-52"
24 julho 2008
Hoje, o meu post, é inteiramente para ti!
Não sei se o vais ler, porque tu até nem ligas muito a estas coisas de “blogs”!
Até achas que me canso, porque por vezes em vez de ir descansar, aqui estou a escrevinhar umas coisas! (O que é uma grande verdade) …
Mas, insisto, hoje resolvi fazer-te uma dedicatória, porque hoje é um dia especial!
Sim, hoje é o dia do "nosso aniversário"! Já lá vão alguns anos, bastantes! Ainda te lembras?
Têm sido bons, têm sido maus?
Têm sido como Deus quer!
E Ele tem-nos querido tanto!
Deu-nos dois filhos maravilhosos, a quem tanto amamos!
Que mais poderemos querer?
Apenas paz, saúde e alegria quanto baste, para que possamos continuar a nossa caminhada assim serena, sem muitos sobressaltos.
Que Deus seja louvado.
Um grande beijo para ti!
17 julho 2008
Para todos vós
Um pedacinho do sol, que me iluminou e aqueceu nestes dias de céu azul intenso;
30 junho 2008
22 junho 2008
Um pedaço de mim...
Gosto muito do Inverno, dos dias em que a chuva por vezes parece não querer ir embora...É tempo de introspecção, tempo para meditar, tempo de recolhimento em nós! No Inverno sinto-me mais eu. Não sei explicar o porquê, mas o Inverno traz-me paz, serenidade, identifico-me mais com esta estação do ano, como já expressei um dia neste meu cantinho!
Ontem começou o Verão e, porque estarei a falar de Inverno?
Este foi mais longo, parecia nunca mais ter fim…
Este Inverno separou-me imenso do meu filho mais velho, que se encontra longe e do qual tenho imensas saudades!
Não é a primeira vez que estamos separados, mas com o avançar da idade os sentimentos ficam mais apertados no peito e dói muito esta separação!
Não é fácil imaginá-lo longe do afecto da família, dos amigos…
Mas, meu Deus, que estou para aqui a escrever….ele é um homem!
Os filhos para os pais, para as mães, são sempre pequeninos!
Eles não gostam que façamos estes comentários, mas bem lá no fundo sentem o mesmo que nós e estão sempre desejosos do reencontro, do beijo terno e daquele abraço bem apertado, que só a família sabe dar…
Esta semana vai ser longa, mas no próximo sábado, se Deus quiser, vou apertar o meu filho de encontro ao meu peito e dizer-lhe o quanto o amo!
Depois iremos mergulhar num mar imenso azul de descontracção, receber em nossos corpos este tão maravilhoso sol e conversar muito…muito!
………………………………………………………………………………………………………………….
Aproveito para dizer a quem tão amavelmente me visita, que durante algum tempo não estarei por aqui!
É tempo de férias, tempo de lazer, tempo de reencontros!
Um beijo para todos e, até já….!
15 junho 2008
Porque hoje é domingo…dia do Senhor!
Hoje partilho convosco um cântico que o grupo coral dos jovens da minha comunidade
paroquial costuma cantar e que aprecio bastante.
Embora desconheça o autor é, segundo creio, inspirado no
Evangelho de S. João, Cap. 12, 24)
Grão de Trigo
Se o grão de trigo não morrer na terra
é impossível que nasça fruto!
Aquele que dá a vida aos outros
terá sempre o Senhor!
Felizes seremos nós na pobreza
Se em nossas mãos houver o Amor de Deus
Se nos unirmos em esperança
se trabalharmos por fazer o bem
Felizes seremos nós na humildade
se como crianças soubermos viver
A terra será a nossa herança
a nossa herança
http://www.youtube.com/watch?v=PJrxn5Wkp_g&feature=related
“In Livro de Cânticos da Igreja Paroquial,
de S.J-AMMM”
10 junho 2008
Camões e a tença
Seja paga na data combinada
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou seu ser inteiramente
E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto
Irás ao Paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência
Este país te mata lentamente”
De: Sophia de Mello Breyner Andresen
In “Cem Poemas de Sophia”
Visão-JL
07 junho 2008
"I have I dream, Martin Luther King (28/08/1963"
Uma noite destas tive um sonho, um sonho "estranho"... Sonhei com Martin Luther King e o seu discurso "I have a dream! "
Eu também sou uma sonhadora e, em jeito de reflexão, deixo aqui a transcrição do célebre discurso que dá título a este "post" e que sempre me fascinou...e que continua tão actual e se estende aos povos de todo o mundo:
"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.·Cem anos atrás, um grande americano, no qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchado nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.·De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitectos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantido os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".·Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.·Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.·Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador Outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de acções de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar sós.·E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando estarão satisfeitos?"·Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a rectidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.·Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são os veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississipi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.·Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã.
Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.·
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.·
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.·
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississipi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.·
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu carácter. Eu tenho um sonho hoje!·
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos.
Eu tenho um sonho hoje!·
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança.
Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade.
Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livres.
Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado. "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho espiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
Fonte: colaboração de Hernani Francisco da Silva, da Missão Quilombos
31 maio 2008
A Caridade é amor
Torna-se difícil perante algumas das dificuldades por que passamos aceitá-las sem algumas lamentações ou até sentirmos alguma revolta.
Isto é humano, no meu fraco entendimento.
Mas, nestes momentos, se conseguirmos discernir e olhar à nossa volta poderemos observar, com certeza, pessoas com problemas muito mais graves, com muitas carências materiais e, principalmente, AFECTIVAS!
A humanidade atravessa momentos muito conturbados a todos os níveis.
No que respeita aos aspectos sociais o que mais me aflige é a falta de caridade de uns para com os outros!
Como é difícil despojarmo-nos das nossas grandezas, das nossas vaidades, das nossas “coisinhas” em detrimento dos nossos irmãos!
Tantas crianças maltratadas, tantas mulheres violentadas, tantos idosos despejados em lares e o que fazemos?
Poderemos não fazer muito mas, por vezes, um simples gesto, um sorriso, um pouco de atenção bastam para levantar o ânimo a estes seres tão desprezados, tão desprotegidos!
Reconheço que há muita gente empenhada e a maioria, no silêncio das suas vidas, desgastam-se para verdadeiramente ajudar os mais necessitados!
Mas é preciso que cada vez mais nos mobilizemos e abramos o nosso coração a cada outro e tenhamos para com eles um pouco de Caridade (Amor), porque de todas as virtudes esta é a MAIOR!
25 maio 2008
Cancro da mama
21 maio 2008
Origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
"A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cónego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. A ‘Fête Dieu’ (Festa de Deus) começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
O ofício foi composto por São Tomás de Aquino o qual, por amor à tradição litúrgica, serviu-se em parte de Antífonas, Lições e Responsórios já em uso em algumas Igrejas.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colónia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colónia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse : ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes."
In "Wikipédia"
17 maio 2008
Horizontes...
11 maio 2008
Salmo 139
"SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto;
à distância conheces os meus pensamentos.
Vês-me quando caminho e quando descanso;
estás atento a todos os meus passos.
Ainda a palavra me não chegou à boca,
já Tu, SENHOR, a conheces perfeitamente.
Tu me envolves por todo o lado
e sobre mim colocas a tua mão.
É uma sabedoria profunda, que não posso compreender;
tão sublime, que a não posso atingir!
Onde é que eu poderia ocultar-me do teu espírito?
Para onde poderia fugir da tua presença?
Se subir aos céus, Tu lá estás;
se descer ao mundo dos mortos, ali te encontras.
Se voar nas asas da aurora
ou for morar nos confins do mar,
mesmo aí a tua mão há-de guiar-me
e a tua direita me sustentará.
Se disser: "Talvez as trevas me possam esconder,
ou a luz se transforme em noite à minha volta",
nem as trevas me ocultariam de ti
e a noite seria, para ti, brilhante como o dia.
A luz e as trevas seriam a mesma coisa!
Tu modelaste as entranhas do meu ser
e formaste-me no seio de minha mãe.
Dou-te graças por tão espantosas maravilhas;
Quando os meus ossos estavam a ser formados,
e eu, em segredo, me desenvolvia,
tecido nas profundezas da terra,
Os teus olhos viram-me em embrião
Tudo isso estava escrito no teu livro.
Todos os meus dias estavam modelados,
ainda antes que um só deles existisse.
Como são insondáveis, ó Deus, os teus pensamentos!
Como é incalculável o seu número!
Se os quisesse contar, seriam mais do que a areia;
e, se pudesse chegar ao fim, estaria ainda contigo
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Examina-me, SENHOR, e vê o meu coração;
põe-me à prova para saber os meus pensamentos.
Vê se é errado o meu caminho e guia-me pelo caminho eterno".
In "Bíblia Sagrada"